Vendas de veículos usados crescem 2,6% no ano

As vendas de veículos usados seguem com desempenho positivo, na contramão do mercado de novos, que continuam em queda livre.

De janeiro a setembro deste ano, o segmento apurou crescimento de 2,6% contra iguais meses do ano passado, de 7,65 milhões para 7,85 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves e pesados, segundo dados da Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores. Quando incluídas as vendas de motocicletas usadas, este volume sobe para 9,98 milhões contra 9,72 milhões de transferências realizadas no mesmo acumulado de 2014, representando alta de 2,8%.

Com este resultado, aumenta também a proporção de venda entre os dois mercados: nos nove meses deste ano, para cada veículo novo licenciado, quatro usados foram vendidos. No ano passado, essa proporção era de três para um.

Já no comparativo mensal, as vendas de usados ficaram estáveis, registrando as mesmas 1,16 milhão de unidades de agosto em setembro. O volume, no entanto, ficou 6,4% abaixo do apurado em setembro de 2014, quando foram transferidos 1,25 milhão de veículos. Ambos os volumes incluem motocicletas.

“Apesar de se apresentarem estáveis neste momento, o cenário da economia brasileira ainda não permite uma previsão mais segura do desempenho futuro do mercado”, afirma o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos. 

Por segmento, apenas o de comerciais pesados registrou queda na venda de usados. Com 255,1 mil unidades no acumulado de nove meses, houve retração de 2,2% sobre os 260,8 mil veículos registrados em mesmo período do ano passado. 

Veículos de passeio mantiveram alta de 1,8% na mesma base de comparação, de 6,33 milhões para 6,45 milhões, volume que inclui os SUV’s, antes registrados pela Fenauto na categoria de comerciais leves. Estes também encerraram o acumulado de nove meses com crescimento de 5,4%, para o total de 1,04 milhão: em 2014, seu volume, que ainda somava com SUV’s, foi de 991,1 mil unidades. 

As transferências de motocicletas usadas no período subiram 3,3%, para 2,13 milhões contra as 2,06 milhões de unidades em 2014.