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No acumulado dos primeiros oito meses, com 129.281 automóveis emplacados, as empresas filiadas à Abeiva obtiveram alta de 112,4% sobre o total de 60.868 unidades em igual período de 2010. O total de 129.281 unidades significa 24,5% do total de veículos importados (528.082 unidades) no período e 5,79% do mercado interno, de janeiro a agosto, de 2.233.316 carros emplacados.
Depois de dois meses consecutivos de queda, conseguimos reagir um pouco em agosto. No último quadrimestre de 2011, porém, projetamos quedas mensais em nossas vendas, por conta da própria retração do mercado, falta de produtos e da variação cambial em alta², analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeiva.
Projeção
Apesar do bom resultado de agosto, as vendas de veículos importados por empresas que não possuem fábricas no Brasil devem recuar nos próximos meses. "Devemos voltar para uma média mensal em torno de 15 mil veículos", afirmou José Luiz Gandini, presidente da entidade. A estimativa de 185 mil veículos vendidos em 2011 está mantida.
Segundo Gandini, a recente alta do dólar é um dos motivos para esse recuo. O executivo acrescentou que, devido à forte demanda, já há falta de alguns produtos e até fila de espera. Gandini, que também preside a Kia, disse que, no caso da marca coreana, a importadora encerrou o mês com cerca de 200 unidades em estoque, enquanto o normal é cerca de 18 mil unidades. "Não é possível aumentar de uma hora para outra as importações. Muitas vezes a montadora lá fora não tem veículos disponíveis e também não é fácil encontrar navios para trazer o carros para o Brasil." Ele acredita que outras importadoras devem estar passando por situação semelhante.
Com relação à queda na oferta de crédito para os veículos, ele acredita que o impacto é menor nas empresas associadas à Abeiva do que nas montadoras instaladas no Brasil. Ele disse não ter números consolidados, mas acredita que cerca de 40% dos carros vendidos pelas importadoras são financiados, enquanto entre as montadoras brasileiras esse porcentual seria em torno de 70%. "Além disso, não é comum financiarmos 100% veículo, o que é mais comum nos carros nacionais", diz.
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