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O design da V-Strom 1000 foi atualizado. Seu para-lama dianteiro ficou mais protuberante, remetendo à DR 800 da década de 1990, a clássica “DR. Big”. As carenagens foram redesenhadas e transmitem um ar de mais robustez. O para-brisa, 49 mm mais alto que no modelo anterior, pode ser ajustado em três posições para aumentar a proteção aerodinâmica. A versão XT conta ainda com guidão de alumínio reforçado.
V2 menos poluente
O motor de dois cilindros em “V” a 90° com 1.037 cm³ de capacidade, duplo comando no cabeçote e refrigeração líquida manteve a mesma arquitetura, porém ganhou um novo sistema de alimentação para atender às novas leis de emissão Euro 4. A boa notícia é que a potência de 100 cv (a 8.000 rpm) foi mantida, mas o torque caiu levemente: de 10,5 kgf.m para 10,3 kgf.m mas já a 4.000 giros.
Outra novidade é o assistente de baixos giros, um sistema que automaticamente eleve as rotações ao apertar a embreagem ou pilotar em baixos giros. Evitando, dessa forma, que o motor “morra”. Pensando em facilitar ainda mais a vida do motociclista aventureiro, a Suzuki também criou o “Easy Start System”, um dispositivo que permite dar a partida na moto com apenas um toque no botão – ao invés de ficar segurando até que o motor comece a funcionar. Embreagem assistida e câmbio de seis marchas completam o conjunto motriz da bigtrail da Suzuki. A transmissão final é feita por corrente.
Eletrônica de última geração
O controle de tração em três níveis (1, 2 e desligado) foi herdado do modelo anterior, e agora ganhou uma luz indicativa no completo painel quando entra em ação. Mas o sistema de freios ABS é completamente novo e se utiliza da tal Unidade de Medição Inercial (IMU) da Bosch, que faz uma leitura em cinco eixos da moto, e conta também com um sistema combinado.
De acordo com a Suzuki, o novo sistema faz uma melhor distribuição da frenagem em situações críticas e nas curvas, além de evitar o travamento das rodas. O “hardware” do sistema de freios são discos duplos de 300 cc com pinças radiais Tokico, na dianteira; e disco simples com pinça Nissin, na traseira.
Ciclística reforçada
Feito em alumínio, o quadro de dupla trave superior da V-Strom 1000 XT oferece um bom equilíbrio entre rigidez e flexibilidade para garantir estabilidade nas curvas. A balança traseira também é feita em alumínio.
O conjunto de suspensão é formado por garfos telescópicos invertidos (upside-down) com tubos de 43 mm totalmente ajustável na dianteira. Na traseira, monoamortecedor também com ajustes na compressão, retorno e pré-carga da mola. Ambos são da marca KYB.
A grande novidade da V-Strom 1000 XT são os aros de alumínio DID com raios centralizados. A configuração possibilitou a instalação de pneus Bridgestone BW 501 e BW 502 sem câmara (tubeless), nas medidas 110/80R-19, na frente; e 150/70-18, atrás. As rodas raiadas são mais resistentes para enfrentar pedras e obstáculos.
Forte concorrência
O segmento de bigtrails é um dos mais disputados atualmente. Praticamente todos os fabricantes têm modelos com diversos atributos e propostas para brigar pela preferência do motociclista aventureiro.
A BMW R 1200 GS é o modelo de referência no segmento com um bom equilíbrio entre conforto touring e vocação fora-de-estrada. Triumph Tiger Explorer 1200 e Yamaha XT 1200Z Super Ténéré seguem no mesmo caminho. A Honda apostou em uma vocação mais off-road com a leve e menos potente CRF 1000 L Africa Twin. Já a Suzuki com as duas versões da V-Strom 1000 parece ter procurado um meio termo.
Com 232 kg em ordem e marcha e roda aro 19 na dianteira, a V-Strom 1000 XT não é tão leve e valente quanto a Africa Twin e nem tão pesada e confortável como a Triumph Explorer, por exemplo. A Suzuki buscou fazer uma aventureira capaz de rodar na terra, mas que também oferece conforto e autonomia (tanque para 20 litros) de uma moto touring.
A J.Toledo/Suzuki comercializa a versão anterior da V-Strom 1000 ABS, lançada em 2014, no Brasil. A empresa não informou se pretende trazer a nova V-Strom 1000 XT para o País.
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