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Quando fui retirar esta “power cruiser” na concessionária Triple Triumph, de São Paulo (SP), confesso que “apanhei” um pouco para localizar o miolo da chave, que fica na lateral da moto, quase na mesma direção do assento. Hoje, a maioria das motos traz o contato na mesa ou próximo do painel de instrumentos. Depois deste lapso de memória – comum a qualquer motociclista que está redescobrindo os modelos Triumph que ficaram alguns anos longe do Brasil – era hora de girar a chave, acionar o manete da embreagem, tirar a moto do pezinho e dar a partida. O ronco que sai dos escapes é quase música. Médio-grave, que lembra até um pouco o som ecoado pelos V2.
Usina de força
Na estrada, os dois cilindros paralelos trabalham de forma compassada. Sem atropelos, mas com a missão de te levar ao destino escolhido com suavidade, mas com doses generosas de potência e torque. O tradicional motor batizado de T-16, de 1.699 cm³ de capacidade cúbica, gera 97 cv a 5.250 rpm de potência máxima e impressionantes 15,9 kgf.m de torque máximo já a partir das 2.950 rpm.
Traduzindo, este propulsor é uma usina pronta para transmitir muita força, principalmente em baixas e médias rotações. Se o motociclista girar o acelerador com muita vontade, não esqueça de “apertar o cinto de segurança”, já que o tranco vai ser forte e a moto chega fácil as 100 milhas/hora – mais de 160 km/h.
Brincadeiras à parte e apesar de sua descomunal força, o piloto pode rodar em velocidade de cruzeiro – 120 km/h – com a sexta marcha engatada, com o motor rodando abaixo dos 3.000 giros. Outra característica desta Triumph é o baixo nível de vibração. Além disso, as trocas de marchas são suaves e precisas. Na mão do “tiozão”, a Storm rodou 28 km/l. E uma autonomia de mais de 500 km. Hipoteticamente, daria para ir de São Paulo a Belo Horizonte (MG) com um tanque de gasolina.
Ciclística de primeira
Com uma receita tradicional, a parte ciclística oferece segurança e estabilidade. Com um conjunto bastante equilibrado, a Triumph Thunderbird Storm conta com garfos telescópicos da grife Showa, de 47 mm de diâmetro e 120 mm de curso na dianteira e duplos amortecedores com cinco ajustes na pré-carga mola e 95 mm de curso na roda traseira. Na estrada, seu habitat natural, o sistema absorve bem as irregularidades do asfalto. Além disso, permite contornar curvas com segurança até o limite das pedaleiras.
No sistema de freios, discos duplos flutuantes de 310 mm diâmetro na dianteira, acionados por pinça de quatro pistões. Na traseira, disco simples também de 310 mm, acionados por pinça flutuante de dois pistões. Com a segurança extra do sistema ABS parece que o conjunto de freios desta Triumph está superdimensionado, tamanho a eficiência e precisão.
Quando o manete ou o pedal são acionados ao extremo, de forma enérgica, parece que o sistema “pulsa”, freando e soltando a roda evitando o travamento. Essa inglesa usa pneus Metzeler ME 880 Marathon, de perfil mais alto e desenho voltado para encarar asfalto de boa qualidade e rodar com desenvoltura em longas viagens.
Estilo e informações
O que chama a atenção na unidade testada é o contraste entre o cinza fosco do tanque e paralamas com o preto do bloco do motor e a canela da suspensão dianteira. Além do conforto traduzido pelas pedaleiras avançadas, altura do guidão T-Bar e do assento (a somente 700 mm do solo), que ajuda muito nas manobras em baixa velocidade. A união destes fatores, aliado a eficiência do conjunto da suspensão confere a essa custom um comportamento bastante equilibrado.
Porém a Triumph poderia rever o diâmetro e o material empregado na construção das manoplas (muito duras), o desenho e o posicionamento do painel de instrumentos – sob o tanque e com muitas informações reunidas em um único espaço (relógio, dois hodômetros e um medidor de combustível, além de um pequeno conta-giros). Em vários momentos a luz incide no painel e fica impossível fazer a leitura. Além disso, o piloto precisa fazer certa “ginástica” com o pescoço para visualizar, por exemplo, a velocidade. Assim, o motociclista tira os olhos da estrada. E, para finalizar, é preciso ter força na mão esquerda para o acionamento do manete de embreagem, talvez fosse útil um sistema de acionamento hidráulico.
Anti Fat-Boy
Divertida, ágil e econômica, a Triumph Thunderbird Storm terá como rival a Harley-Davidson Fat Boy, que também usa ABS. Estão na mesma faixa de preço, na casa dos R$ 50.000, mas a diferença fica mesmo pela configuração do motor. Para quem não é um fanático pelos V2, os dois cilindros paralelos são uma boa opção e uma grata surpresa. Assim, qualquer “tiozão” como eu, deveria sair do lugar comum e experimentar o novo, na qual a filosofia desta Triumph Storm se enquadra, que é um produto que oferece mais do que se espera.
FICHA TÉCNICA Triumph Thunderbird Storm
Motor: Dois cilindros paralelos, DOHC e refrigeração líquida
Potência: 97 cv a 5.200 rpm
Torque: 15,9 kgf.m a 2.950 rpm
Diâmetro x curso: 107,1 x 94,3 mm
Cilindrada: 1.699 cm³
Alimentação: Injeção eletrônica
Partida elétrica
Câmbio: Seis velocidades com transmissão final por correia dentada
Chassi: Berço duplo de aço.
Suspensão: Dianteira por garfo telescópico, com 47 mm de diâmetro e 120 mm de curso; traseira por monoamortecedor com múltiplos ajustes e 95 mm de curso.
Freios: Dianteiro a disco duplo de 310 mm (Nissin); traseiro a disco simples de 310 mm (Brembo), ambos com sistema ABS
Pneus: 120/70 R19 (dianteiro); 200/50 R17 (traseiro).
Dimensões: 2.340 mm (comprimento), 880 mm (largura) x 1.120 mm (altura); 1.615 mm (entre-eixos); 700 mm (altura do assento ao solo)
Tanque: 22 litros
Peso: 339 kg (em ordem de marcha)
Preço: R$ R$ 49.900,00 (com ABS)
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