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Testamos a Kawasaki Versys City e vimos que ela tem vocação de sobra para as cidades

16/11/2012 - 12:35 - Arthur Caldeira/Agência INFOMOTO - FOTOS: Mário Villaescusa/Agência INFOMOTO
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Qual é a melhor moto? Essa pergunta não tem uma resposta exata já que existem inúmeros modelos destinados a utilizações variadas, porém as motos que oferecem maior versatilidade têm mais chances de agradar a um número maior de usuários.

Uma dessas opções é a Kawasaki Versys City. Como o nome denuncia, o modelo, variação da aventureira Versys, oferece equipamentos destinados a facilitar o motociclista que rodas nas cidades e nas estradas.

Quem precisa de uma moto capaz de superar os obstáculos de nossas cidades como o asfalto em más condições, as repentinas enchentes ou os apertos dos corredores tem na Versys City uma boa opção.

Custando R$ 31.990 (R$ 1.000 a mais que a versão standard) o modelo traz de série o topcase na cor da moto. Com capacidade para 45 litros o acessório comporta um capacete fechado e pode ser facilmente retirado. Outro atrativo da versão City é o protetor de mão original de fábrica, esse componente é bastante comum nas motos off-road, porém na cidade, garante segurança para as mãos do piloto quando roda nos corredores. Fora isso o protetor também oferece maior conforto nos dias frios e chuvosos. Nessas condições o piloto pode conseguir maior proteção ao ajustar a bolha (parabrisa) em até três posições diferentes.

Ao chegar perto da moto o piloto confere outras qualidades para superar obstáculos urbanos, como a buraqueira. Com distância livre do solo de 180 mm e curso de suspensão longo (145 mm na traseira e 150 mm na dianteira) permite que o piloto transponha lombadas e desníveis do asfalto com facilidade.

Além da suspensão, o piloto pode contar com a “saúde” do motor de 649 cm³, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas. São dois cilindros paralelos capazes de oferecer a potência máxima de 64 cv a 6.400 giros. Já o torque máximo 6,2 kgf.m a 6.200 giros permite acelerações e retomadas vigorosas características bastante úteis para de desvencilhar de engarrafamentos travados. Atingimos a velocidade máxima de 180 km/h e nessa condição a moto se mostrou bastante estável. A única consideração fica por conta da vibração do motor, uma característica dos motores bicilíndricos que, se não chega a ser um incômodo, deve ser levada em consideração.

Outra característica favorável ao piloto urbano é a capacidade do tanque de 19 litros. Seu consumo médio é de 22 km/litro o que lhe permite uma autonomia superior a 400 quilômetros ou ir de são Paulo ao Rio de janeiro sem a necessidade de abastecer – evitando ainda ter de parar no posto com frequência no dia-a-dia. Mas é bom lembrar que esses números dependem de muitas variáveis, entre elas a forma de pilotar a moto.

Segurança

A moto se mostrou bem à vontade nos centros urbanos. Alta, é capaz de enfrentar os corredores com os manetes passando acima dos retrovisores dos carros. Por conta do bom torque disponível em baixas rotações o piloto não tem problemas para manobrar os seus 209 kg (em ordem de marcha, ou seja: pronta para rodar).

Caso surja alguma emergência o sistema de freios permite frenagens eficientes e seguras. Na dianteira, são dois discos de 300 mm (em forma de margarida) com pinça de dois pistões, na traseira, usa disco simples de 220 com pinça de um pistão. O grande atrativo desse sistema é sem dúvida o ABS (Antilock Brake System) sistema que evita o travamento das rodas e se mostra muito útil nas frenagens de emergência ou em pisos escorregadios. As rodas de liga leve de 17 polegadas tem desenho esportivo e usam pneus nas medidas 120/70 na dianteira e 160/60 na traseira. Apesar de nascerem para o asfalto, os pneus permitem incursões no fora de estrada leve. Refiro-me a uma estradinha de terra sem lama, é claro.

Seu banco é dividido em dois níveis e oferece um pequeno apoio lombar para o piloto o que se traduz em conforto nas viagens mais longas. Por fim, seu design arrojado e o porte avantajado, por conta do protetor de mão e o top-case, conferem a Kawasaki Versys City uma aparência de moto maior. Características de uma guerreira urbana que também se dá bem nas estradas. Seu preço de R$ 31.990 é um atrativo a mais do modelo que, dependendo do concessionário procurado, pode sair por um preço aind melhor.

Ficha técnica Kawasaki Versys City

Motor Dois cilindros paralelos, 649 cm³, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas no cabeçote e refrigeração líquida
Potência máxima 64 cv a 8.000 rpm
Torque máximo 6,2 kgf.m a 6.800 rpm
Câmbio Seis marchas
Transmissão final Corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Quadro Diamante em tubos de aço
Suspensão dianteira Garfo telescópico invertido de 41 mm de diâmetro ajustável – com 150 mm de curso
Suspensão traseira Balança traseira monoamortecida regulável na pré carga e retorno com 145 mm de curso
Freio dianteiro Disco duplo de 300 mm de diâmetro em forma de pétala com pinça de dois pistões
Freio traseiro Disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de um pistão
Pneus 120/70-ZR17 (diant) / 160/60-ZR17 (tras)
Dimensões : 2.125 mm x 840 mm x 1.330 mm (CxLxA)
Distância entre-eixos 1.415 mm
Distância do solo 180 mm
Altura do assento 845 mm
Peso em ordem de marcha 209 kg
Tanque de combustível 19 litros
Cor Pearl Solar Yellow
Preço sugerido R$ 31.990 (ABS)

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