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Outro mestre de cerimônias ainda se esforçou para animar o público com a renovada família XJ6, à venda no também no Brasil, que ganhou mudanças apenas visuais, e a naked FZ8, com melhorias no escapamento e suspensões.
A sport-touring FJR 1300, embora não possa ser considerada uma “novidade”, recebeu melhorias suficientes para assumir o papel de principal estrela da marca japonesa. Além das óbvias atualizações estéticas, o modelo ganhou acelerador eletrônico, seletor do modo de pilotagem (sport e touring), Cruise control e um bem-vindo controle de tração. Tudo para se manter atualizada em relação às concorrentes, que já trazem essas tecnologias há algum tempo. Disponível em duas versões – A e AS – a segunda, automática e sem embreagem, ganhou melhorias no câmbio.
Justificativa
Foi preciso que o Senior Executive Officer da Yamaha, Kunihiko Miwa, viesse do Japão explicar a notável timidez da marca nos últimos anos, também na Europa. “Vocês podem achar que não estamos desenvolvendo novos modelos e que esquecemos a Europa”, iniciou seu discurso. Talvez a marca precise também dar suas justificativas no Brasil, onde mantém a mesma atitude tímida, sem grandes lançamentos há algum tempo.
A Yamaha ainda apelou para a presença do espanhol Jorge Lorenzo, piloto da marca que lidera o Campeonato Mundial de MotoGP, para tentar atrair a atenção da imprensa. Lorenzo foi chamado para mostrar o futuro da fábrica japonesa: “Estou aqui para mostrar o que estamos fazendo e para onde estamos indo”, continuou o executivo japonês, ao revelar o conceito de um motor de três cilindros com o virabrequim crossplane – o mesmo tipo de motor que equipa a R1. Caracterizado por proporcionar maior controle do torque no acelerador, o virabrequim crossplane também é utilizado na moto de corrida da marca, a M1. Miwa afirmou que o motor de três cilindros irá equipar uma nova família de modelos da Yamaha, focada em economia de combustível e facilidade de pilotagem. É esperar pra ver.
Gafe
Além da ausência de grandes novidades, a Yamaha ainda cometou uma grande gafe em sua coletiva de imprensa. Todos os pilotos que levavam os lançamentos ao palco não usavam capacetes – uma atitude injustificável para uma fábrica de motocicletas. Ao menos Jorge Lorenzo “salvou” a imagem da marca ao chegar pilotando a naked Fz8 com seu capacete.
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