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A fábrica da empresa ocupa uma área de 54 mil m² no distrito industrial de Manaus (AM). Com cerca de 1.2000 funcionários e uma produção diária de 500 motocicletas e 3.000 bicicletas (número que pode dobrar no segundo semestre em função de datas comemorativas como o “Dia das Crianças” e o Natal), a Sundown concentra grande parte dos processos produtivos de suas motocicletas no Brasil. Na China, a Brasil & Movimento tem um centro de desenvolvimento de produtos, onde uma equipe de engenheiros, designers e mecânicos brasileiros trabalha em conjunto com dois grandes parceiros: a Qingqi e a Zongshen.
Montagem completa
Essa parceria com os chineses sempre causa dúvidas no consumidor: as motos com tecnologia chinesa são fabricadas aqui? São importadas e chegam aqui montadas? Em visita à unidade fabril pode-se notar que as motos da Sundown são, de fato, fabricadas no Brasil.
Apesar de grande parte dos componentes virem da China, os motores são montados um a um em Manaus. Do virabrequim e engrenagens até o cabeçote, tudo é montado com mão-de-obra brasileira. Depois os propulsores passam por testes de funcionamento e de emissões de poluentes.
Não há processos de estamparia na planta brasileira e a usinagem fica restrita a tubos de aço para a confecção de alguns quadros, outros vem prontos da China. Entretanto, processos como a pintura e acabamento são feitos em Manaus, aproveitando-se das técnicas que a empresa já domina na fabricação de bicicletas.
São três linhas de montagem distintas, de onde saem oito modelos. Duas delas são destinadas às motocicletas mais vendidas da marca, Max, Hunter, Web e o scooter Future 125. Outra se reveza para produzir os modelos de maior cilindrada e menor volume, como a STX 200, STX Motard e V-Blade 250.
Atualmente, são produzidas 10.000 motos por mês, o que resultará numa produção de 120.000 unidades em 2008. Ou seja, a empresa acredita em um crescimento na produção de mais de 25% em relação ao ano passado, quando a Sundown produziu 87.859 motocicletas.
Mesmo com a parceria chinesa consolidada e compensadora financeiramente, Claudio Rosa (foto) ressalta que a empresa não se acomodou. “Temos trabalhado para desenvolver fornecedores aqui no Brasil. Seria mais barato importar tudo, porém a longo prazo isso seria ruim. As regras podem mudar e perderíamos tempo para desenvolver fornecedores. Fazemos um trabalho de nacionalização cada vez maior de nossos produtos” explica o diretor-industrial.
Quanto às novas marcas com tecnologia chinesa, Claudio acredita que a Sundown está um passo à frente. “Temos feito um trabalho constante de melhoria de nossos fornecedores chineses. Tivemos que ensinar e mudar muitas coisas desde o início de nossas atividades. Por um lado isto é ruim, mas por outro é ótimo. Tudo que aprendemos os outros terão que aprender. Com isso temos certa vantagem”, acredita ele.
Lançamentos
Apesar da visita monitorada dos jornalistas à fábrica, a Sundown não tinha nenhum lançamento. Não por enquanto. Como em 2009, entra em vigor a terceira fase do Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), todas as marcas terão de se adequar, inclusive a Sundown.
Enquanto muitos apostam na injeção eletrônica de combustível para que as motos poluam menos, o diretor da empresa dá pistas de que existem outros caminhos. “A injeção eletrônica não é a única maneira de se adequar às novas regras de emissão de poluentes. Estamos estudando a os prós e contras e, até o final do ano termos muitas novidades” adianta.
* A Agência INFOMOTO viajou à Manaus a convite da Brasil & Movimento
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