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Setor de duas rodas espera que novas linhas de crédito reanimem o segmento

15/10/2012 - 12:11 - Arthur Caldeira/Agência INFOMOT
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Os números do setor de duas rodas em 2012 não são nada animadores: de janeiro a setembro deste ano, foram licenciadas 1.242.891 motocicletas, correspondendo a uma queda de 13,3% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram emplacados 1.434.322 veículos, revela levantamento da associação que reúne os fabricantes do setor, a Abraciclo. E a principal razão para o mau resultado do segmento é a queda no financiamento como modalidade de compra, aponta a entidade.

Em 2011, 52% das vendas de motos foram feitas por meio de financiamento. Neste ano, esse percentual caiu para 41%. Para a Abraciclo, a maior seletividade por parte das instituições financeiras na oferta de crédito ao consumidor tem sido um dos principais fatores de agravamento da retração no setor de duas rodas.

Com isso o consórcio tem ganhado força: passou de 27% nas vendas do ano passado para 34%, agora em 2012. Das cinco milhões de cotas ativas de consórcio, 2,3 milhões são do segmento de duas rodas.

Novas linhas de crédito

Apesar disso, as montadoras e fabricantes acreditam que somente com a oferta de novas linhas de crédito o mercado poderá se recuperar. “Se forem oferecidas novas linhas de crédito, as classes C, D e E, que necessitam de parcelamento para aquisição de um veículo e correspondem a cerca de 85% das vendas, novamente terão acesso a uma motocicleta. Medidas como redução da tarifa de abertura de crédito, financiamento de até 100% do veículo, ou seja, sem entrada ou esta com baixo valor, e prazos mais longos para pagamento podem atrair novos consumidores e auxiliar na recuperação do mercado de motocicletas”, comenta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

Respondendo a essa demanda, a Caixa Econômica Federal e o Banco PanAmericano anunciaram uma parceria para oferecer uma linha de crédito específica para compradores de motocicletas, denominada ‘Melhor de Moto Nova’. O Banco do Brasil também anunciou redução da taxa mínima de juros para financiamento de motos, de 1,34% ao mês para 1,28% ao mês. A nova taxa é válida para motos a partir de 150 cilindradas, novas ou fabricadas no ano. As medidas acompanham também as alterações nas regras para liberação de depósitos compulsórios anunciadas pelo Banco Central no dia 14 de setembro. A mudança feita pelo BC permite que operações para financiamento e arrendamento mercantil de motocicletas sejam descontadas do valor a ser recolhido no compulsório a prazo.

“A iniciativa das instituições financeiras são muito bem-vindas e, com certeza, vão estimular novos negócios, que se refletirá também no aumento da produção e na manutenção dos empregos, principalmente no Polo Industrial de Manaus (PIM). Além disso, BB, CEF e PanAmericano irão influenciar outros bancos públicos e privados a liberar crédito para a aquisição de motos novas” , afirma o executivo da Abraciclo.

Projeção

A projeção para 2012 não é nada otimista. Segundo José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo, as vendas no varejo deve bater a casa de 1.650.000 motos, - 15% em relação a 2011. Ou seja, em função da falta de crédito, o mercado deverá deixar de vender 290.000 motos. “No quarto trimestre deveremos ter uma recuperação de 3%. A previsão é que o mercado comercialize, neste período, 406 mil unidades”, prevê Gonçalves.

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