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Scania antecipa novidades da Fenatran

18/09/2017 - 21:55 - Automotive Business - Fotos: Mário Salgado
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Após se ausentar na última Fenatran, edição de 2015, a Scania volta à feira deste ano e decide antecipar o que vai mostrar no evento, considerado o maior do setor de transporte de cargas da América Latina. Nesta 21ª edição, que abre as portas entre 16 e 20 de outubro no São Paulo Expo, a montadora apresentará três importantes lançamentos: dois novos motores da família D13, com versões de 450 cv e 510 cv de potência, o caminhão Heavy Tipper, totalmente desenvolvido e dedicado para o setor de mineração e o plano de manutenção Flexível.

“A Scania trabalha com o conceito cliente em primeiro lugar, estratégia que é sustentada por três pilares: combustíveis alternativos, eficiência energética e transporte mais inteligente”, afirma o diretor geral da Scania no Brasil, Roberto Barral. “Queremos minimizar todos os possíveis gastos excedentes do cliente”, reforça indicando que o objetivo destes lançamentos é claramente buscar uma maior rentabilidade para o frotista, independente do seu porte.

Começando pelos novos motores de 450 cv e de 510 cv de potência, são uma extensão da Linha R para uso rodoviário, indicados para aplicações rodoviárias 6x2 e 6x4, respectivamente, e com foco nos caminhões na faixa de capacidade para 57 a 74 toneladas para cargas refrigeradas, cegonha, carga líquida e perigosas, incluindo gases e inflamáveis, container e graneleiro. Segundo a empresa, o motor é 5% mais econômico com relação a versão atual de 13 litros graças ao seu novo sistema de injeção de combustível de alta pressão XPI, importado da Europa.

O responsável de pré-venda da Scania, Marcel Prado, explica que o sistema possui três estágios de injeção: a pré-injeção, desenvolvida na Suécia para motores Euro 6 a fim de reduzir o ruído (a legislação vigente na Europa exige além de menor emissão, também menor ruído do motor a diesel). Nela, o sistema injeta uma mínima quantidade de combustível, causando uma primeira e pequena queima, que aquece o espaço, reduzindo o impacto da explosão maior que deriva da injeção principal, que é o segundo estágio. Aqui, o sistema de alta pressão pulveriza o combustível a ser queimado, que é espalhado em forma de espiral: quanto mais preenchido o espaço com combustível, melhor a queima, maior a potência e o torque que se tira dela. Por fim, na pós-injeção, o sistema provoca uma última queima a fim de reduzir ao máximo aquele resto de diesel que sempre sobra para diminuir ainda mais a emissão de gases provenientes da queima principal. “Este 5% [de economia] veio da melhor queima”, afirma Prado.

Além disso, o motor conta novo bloco fundido do novo material CGI (ferro grafite compactado, na sigla em inglês), que proporciona mais resistência e durabilidade, sem comprometer o peso do conjunto.

Por fim, os novos propulsores D13 contam com aperfeiçoamento no sistema catalisador SCR (redução catalítica seletiva) adaptado para Euro 5, mas pronto para Euro 6, além de novas capacidades de tanque para Arla 32, que além da tradicional de 47 litros, passa a contar com as opções de 80L e 105L.

Com lançamento global feito no Brasil, a Scania apresentará ao público o novo caminhão Heavy Tipper, inaugurando a faixa de capacidade para 40 a 48 toneladas [de carga líquida] em veículos 8x4 e que vem para preencher uma lacuna na gama de produtos da marca para este segmento, que hoje conta com caminhões para 30 e 70 toneladas de capacidade.

“Quem atua com o caminhão 6x4 com PBT de 50 toneladas, sobrecarregava a capacidade do veículo, que é de 30 toneladas de carga líquida. O Heavy Tipper vem para atuar nesse gap”, afirma o gerente da nova divisão de mineração da Scania, Fabrício Vieira.

Com PBT de 58 toneladas, o Heavy Tipper é capaz de transportar 25% mais carga com relação aos concorrentes disponíveis no mercado, que oferecem veículos de no máximo 32 t e 48t de PBT. Segundo a empresa, o modelo foi desenvolvido com componentes mais robustos, o que lhe confere maior resistência à operação extremamente severa que é o da mineração. Ele oferece até 5% a mais de disponibilidade operacional e cerca de 5 mil horas a mais de vida útil, equivalente a 1 ano a mais de uso, e pode proporcionar redução de até 15% no custo da tonelada transportada.

Vieira conta que a Scania decidiu criar neste ano a nova divisão de negócios para mineração, que estava inserida na divisão off-road. Na Suécia, esta divisão foi criada em 2011. “O Heavy Tipper surge num período de retomada da compra: desde 2013 que este mercado não dava sinais concretos de voltar a ser comprador” afirma. Ele acrescenta que houve um grande movimento de compras entre 2011 e 2012 [quando houve um boom de vendas de caminhões no Brasil por causa dos juros negativos com o PSI]. “Geralmente, a vida útil dos veículos em atividades no setor é de três anos, ou seja, a idade média desta frota está alta, e consequentemente com um custo operacional elevado: estamos falando de um potencial de renovação de no mínimo 1 mil unidades represadas”, revela.

Com 33% de participação neste segmento, a montadora espera aumentar as vendas com o Heavy Tiiper em 12% e meta de elevar o market share para 45%.

Novos serviços e plano de manutenção

No pós-venda, a Scania lança ao mercado seu novo programa de manutenção com planos flexíveis, já praticado em outros mercados, como na Europa, e que oferece custos diferenciais e personalizados conforme a necessidade de cada veículo. Por meio do sistema de serviços conectados, que colhe dados do caminhão, é possível receber notificações sobre o que tipo de componente já passível de trocar, qual merece atenção e o que ainda está em condições perfeitas de uso.

O plano oferece versatilidade na assinatura, que dura por tempo indeterminado e à escolha do cliente, que decide até quando deseja permanecer com o plano. Com isto, o diferencial também fica por conta do custo: o cliente pagará apenas pelo que rodar, ou seja, se o caminhão ficar parado durante todo o mês – seja por falta de demanda ou por decisão do frotista – o custo de manutenção dentro do plano será zero. No pagamento, a quilometragem passa a contar no cálculo do consumo de combustível por meio de faixas determinadas: os veículos que consumirem menos diesel, entram em uma faixa de menor demanda de manutenção preventiva e de tarifas reduzidas por quilômetro rodado.

“Uma característica forte que diferencia este programa dos demais disponíveis no mercado é que não é mais um plano de manutenção considerando empresa a empresa, mas veículo a veículo”, afirma o diretor de serviços da Scania, Fábio Souza. “Aqui, o custo de manutenção vai depender da qualidade de como o veículo é conduzido: o motorista é fundamental neste processo; se conduzir de forma correta, além de economizar combustível, vai pagar menos na manutenção, porque conta exatamente apenas os quilômetros rodados, não tem mais que pagar mensalidade fixa. É realmente uma disrrupção na maneira de fazer manutenção”, explica.

Com os dados do caminhão em mãos, a concessionária consegue antecipar as informações sobre quais serviços serão necessários e aponta para o cliente frotista as sugestões de data para o serviço, a fim de mantê-lo o mais disponível possível sem comprometer sua operação ou segurança. Com isto, a montadora prevê que a manutenção programada reduz em até 75% o tempo do veículo na oficina em comparação com outros veículos com paradas não planejadas.

Souza garante que com tudo isto, o plano entrega o mínimo de 16% de redução do custo de manutenção. No sentido de complementar o pacote, a Scania oferece também o serviço de como trabalhar o motorista, com o Drivers Service, que oferece três etapas de treinamento para o condutor: na primeira, um treinamento individual na cabine do caminhão que ele vai conduzir ou já dirije; na segunda, a empresa mantém o motorista conectado com o dispositivo inteligente Driver Suport, que fornece informações e aconselhamentos no painel do veículo. Por fim, o treinamento continua na terceira etapa com o Driver Coaching, uma avaliação pessoal e corretiva por meio de contato frequente visando a melhoria, mesmo após o motorista passar pela primeira etapa, a fim de garantir que ele permaneça com as melhores práticas e evite vícios que diminuem seu desempenho e rendimento. Todo o processo é focado na melhora da performance e do consumo do combustível.

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