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“As áreas foram aumentadas e temos mais expositores este ano”, informou o executivo em visita ao Brasil para promoção do evento. Segundo Hesse, muitas marcas que não puderam vir em 2010 estão voltando este ano, citando como exemplos a japonesa Subaru e a coreana Ssangyong. “Também teremos marcas que estarão pela primeira vez no evento”, disse, destacando a McLaren, que nunca esteva antes em exposições de automóveis e fará sua estreia este ano em Paris.
Assim como já aconteceu em 2010, o salão terá uma pista de testes na área destinada à exposição de novas fontes energéticas para os automóveis, mas desta vez com o dobro do tamanho, alcançando 11 mil metros quadrados de exposição. Hesse assegura, no entanto, que os modelos híbridos e elétricos não ficarão confinados só a esse espaço: “Os carros elétricos e híbridos hoje não são só protótipos, são realidade, estão à venda, podem ser comprados. Por isso veremos muitos deles, mais do que em 2010, em vários estandes.” Por isso mesmo o slogan do evento continua o mesmo: “O Futuro, Agora”.
O passado também continua a merecer atenção especial no mais antigo salão de automóveis do mundo – a primeira edição foi em 1898. Na área dedicada à exposição de veículos antigos, o tema deste ano será “Automóvel e a Publicidade”. A organização firmou parceria com o Instituto Nacional do Audiovisual da França para exibir antigos comerciais e pediu às marcas expositoras que revisitassem sua história por meio das campanhas publicitárias.
Sem chineses
Este ano nenhuma fabricante da China vai se apresentar em Paris. “As montadoras chinesas são numerosas, grandes, mas são muito chinesas”, brincou Hesse, para em seguida apresentar sua avaliação para a ausência: “Elas ainda não estão prontas, eu acho, para expandir suas atividades para o mercado europeu, que tem exigências restritivas.” O executivo também citou o problema de chineses com design claramente copiado de modelos europeus, como foi o caso da Great Wall, que no Salão de Frankfurt de 2009 foi impedida pela Mercedes-Benz de exibir um minicarro muito parecido com o Smart. “Creio que todas as dificuldades esfriaram o interesse chinês.”
Hesse assegura que não há nenhuma proibição às marcas chinesas no Salão de Paris. “Elas podem vir, mas até agora não mostraram interesse. Como o tempo está passando e os espaços estão rareando, será difícil que alguma ainda decida vir”, explicou.
Custos
Hesse destacou que o Salão de Paris, em seus 18 dias de exposição, não é um espaço caro em comparação com outros salões de primeira linha. O preço do metro quadrado para montadoras é de € 165 e para outros expositores fica em € 155, sem nenhum diferencial de valor em todos os pavilhões do Porte de Versailles. “Qualquer área custa a mesma coisa”, diz. Os maiores estandes, como de costume, serão das marcas francesas Renault, Peugeot e Citroën, cada uma com cerca de 4 mil metros quadrados. Ou seja, serão aproximadamente € 660 mil só para pagar o chão ocupado. Somando a construção do estande, pessoal contratado, serviços e logística, a conta deve facilmente passar dos € 2 milhões.
Para os visitantes a conta é bem mais barata: a entrada deste ano para adultos vai custar € 13 (ou € 1 a mais do que em 2010), estudantes e menores de 18 anos pagam € 7 e menores de 10 anos entram de graça. É mais barato (e muito mais confortável) do que ir ao Anhembi visitar o Salão do Automóvel de São Paulo, com a vantagem adicional de chegar de metrô ao Porte de Versailles, sem necessidade de pagar estacionamento.
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