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Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números comprovam a retomada do setor e o esforço para atender aos consumidores. “As fabricantes trabalham para atender a demanda do mercado, que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizadas como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”, explica.
No acumulado do ano foram fabricadas 787.610 motocicletas, alta de 33,8% na comparação com o mesmo período de 2020 (588.495 unidades). Segundo dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado para os oito primeiros meses do ano, desde 2015, quando a produção totalizou 913.972 motocicletas.
Ao analisar o desempenho do segmento, Fermanian afirma que o setor reage na contramão da crise econômica. “A motocicleta é mais barata, tem baixo custo de manutenção e permite deslocamentos mais rápidos na comparação com os carros. Aliado a isso, a alta dos combustíveis está levando muitas pessoas a preferirem o guidão”, diz. “Estamos atentos, pois a alta dos juros, o aumento da inflação e a explosão dos preços também poderão afetar o setor de Duas Rodas”, completa.
Em relação à questão da falta de insumos, o presidente da Abraciclo explica que todas as associadas acompanham atentamente as dificuldades na cadeia logística, devido ao fechamento de alguns portos em decorrência dos casos da variante delta do coronavírus.
Vendas no varejo
No mês de agosto foram licenciadas 102.463 motocicletas, retração de 9,0% na comparação com julho (112.538 unidades) e alta de 6,8% em relação ao mesmo mês do ano passado (95.961 motocicletas). De acordo com dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado para o mês de agosto desde 2014 (111.291 unidades).
“O recuo nas vendas já era esperado devido as férias coletivas de julho que reduziu a oferta de motocicletas no mercado”, explica o presidente da Abraciclo.
Com 50.392 unidades, a Street foi a categoria mais emplacada. Esse volume corresponde a 49,2% do total do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (20.207 unidades e 19,7% do mercado), seguida pela Motoneta (14.073 unidades e 13,7%).
Em agosto, que teve 22 dias úteis, a média diária de vendas foi de 4.657 motocicletas. Esse volume é 9,0% inferior ao registrado no mês anterior, que contou com o mesmo número de dias úteis (5.115 unidades/dia). Na comparação com agosto do ano passado, que também teve 22 dias úteis, houve alta de 6,8% (4.362 motocicletas/dia).
De janeiro a agosto, foram emplacadas 732.155 motocicletas, o que corresponde a um aumento 37,8% na comparação com as 531.250 registradas no mesmo período de 2020.
Exportações
As exportações de motocicletas caíram em agosto. Foram embarcadas 5.607 unidades, retração de 7,0% em relação a julho (6.026 motocicletas). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, no entanto, houve alta de 8,5% (5.167 unidades).
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os Estados Unidos foram o principal mercado, com 1.924 motocicletas e 29,7% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.876 unidades e 29% do volume exportado), seguida pela Colômbia (1.512 motocicletas e 23,4%).
No acumulado do ano, as exportações somaram 37.893 unidades, alta de 88% na comparação com o mesmo período de 2020 (20.157 motocicletas). O principal destino foi a Argentina. Ainda segundo levantamento do Comex Stat, o país vizinho recebeu 11.321 motocicletas, o que corresponde a 29,6% das exportações. Na sequência vieram a Colômbia (8.551 unidades e 22,3% do total exportado) e os Estados Unidos (8.494 motocicletas e 22,2%).
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