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No acumulado de janeiro a setembro, foram fabricadas 463.894 bicicletas, correspondendo a uma retração de 34,1% na comparação com o mesmo período de 2019 (703.739 unidades).
“Todas as fabricantes instaladas no Polo de Manaus estão trabalhando a plena capacidade para atender à demanda por bicicletas, que tem crescido a cada dia por conta do incentivo ao seu uso como alternativa segura de mobilidade durante a pandemia. No entanto, estamos limitados pela falta de insumos. Mesmo se esforçando muito, os fornecedores globais não têm condições de atender aos pedidos”, explica Cyro Gazola, vice-presidente do segmento de Bicicletas da Abraciclo.
Os principais insumos em falta para a produção são sistemas de freios, sistemas de transmissões, suspensões (dianteira e traseira, dependendo do tipo de bike/quadro) e selins, nessa ordem.
Gazola destaca ainda o crescimento da demanda de forma contínua durante o ano. “Setembro foi o mês com o melhor resultado em produção de bicicletas em 2020”, finaliza.
Diante desse cenário a Abraciclo revisou suas projeções para 2020. A nova estimativa é produzir ao todo em 2020 736.000 bicicletas, que representaria retração de 20% na comparação com 2019 (919.924 unidades). A estimativa anterior, apresentada em janeiro, no período pré-pandemia, era de 987.000 mil unidades.
Na avaliação do vice-presidente, o equilíbrio entre a produção e a demanda deverá acontecer a partir do próximo ano. “Toda a cadeia está se ajustando à nova realidade. Isso, no entanto, requer tempo e planejamento”, enfatiza.
Resultados por categoria
Em setembro, a categoria Elétrica teve o maior aumento percentual. Foram fabricadas 397 unidades ante as 13 registradas em agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (409 unidades), houve queda de 2,9%.
Em números absolutos, a Mountain Bike (MTB) foi a mais produzida, com 43.567 bicicletas. Esse volume é 38,3% superior que o registrado em agosto (31.509 unidades) e 0,2% maior que setembro de 2019 (43.471 unidades).
No acumulado do ano, a categoria mais produzida foi a MTB com 252.257 unidades e 54,4% de participação. A Urbana/Lazer ficou em segundo lugar (157.247 unidades e 33,9% de participação). Na sequência vieram Infantojuvenil (43.980 unidades e 9,5% de participação), Estrada (7.081 unidades e 1,5% de participação) e Elétrica (3.329 unidades e 0,7% de participação).
Distribuição por região
Com 42.754 unidades, a região Sudeste foi a que mais recebeu bicicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus. Esse volume representa aumento de 31,5% na comparação com agosto (32.513 unidades) e queda de 26,5% em relação ao mesmo mês do ano passado (58.174 unidades).
Em segundo lugar, ficou a região Sul, com 22.613 bicicletas. O volume é 98,1% superior ao registrado em agosto do presente ano (11.413 unidades) e de 3,3% na comparação com setembro de 2019 (21.897 unidades).
Na sequência, veio a região Nordeste, com 15.130 bicicletas, o que corresponde a uma alta de 29,4% na comparação com agosto (11.692 unidades) e queda de 5,4% em relação a setembro de 2019 (15.999 unidades).
A região Centro-Oeste recebeu 4.610 unidades e ficou em quarto lugar. Esse volume é 5,7% superior ao registrado em agosto (4.360 unidades) e 8,7% menor ante as 5.049 unidades enviadas em setembro do ano passado.
Em seguida, ficou a região Norte com 4.102 unidades. Na comparação com agosto, houve alta de 4,4% (3.930 unidades). Em relação a setembro de 2019 (9.776 unidades), a retração foi de 58%.
A região Sudeste também liderou o ranking de distribuição no acumulado do ano, com 243.529 bicicletas recebidas e 52,5% do total distribuído. Em segundo, ficou a região Sul (90.158 unidades e 19,4% do volume total). Na sequência, vieram as regiões Nordeste (73.599 unidades e 15,9%), Centro-Oeste (31.812 unidades e 6,9%) e Norte (24.796 unidades e 5,3%).
Importação e exportação
Em setembro, segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, a importação de bicicletas totalizou 6.819 unidades em todo território nacional. Esse volume é 11,5% inferior ao registrado em agosto (7.705 unidades) e 19,5% maior em relação a setembro do ano passado (5.704 unidades).
O maior volume de bicicletas veio do continente asiático. A China foi o principal parceiro comercial, com 4.107 unidades e 60,2% do total importado). Na sequência, vieram Taiwan (1.646 unidades e 24,1% do volume importado) e Vietnã (990 unidades e 14,5%).
No acumulado do ano, as importações somaram 42.801 bicicletas, retração de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2019 (43.497 unidades).
As posições no ranking no acumulado do ano foram mantidas: China (30.340 unidades e 70,9% do volume total importado), Vietnã (7.077 unidades e 16,5%) e Taiwan (2.754 unidades e 6,4%).
Ainda de acordo com os dados do portal Comex Stat analisados pela Abraciclo, em setembro, foram exportadas, em todo o território nacional, 876 bicicletas, queda de 71,8% na comparação com agosto do presente ano (3.103 unidades). Em setembro do ano passado não houve embarque de bicicletas.
Com 729 unidades e 83,2% do volume total exportado, o Paraguai foi o principal destino. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar (83 unidades e 9,5% do total exportado), seguidos pelo México (55 unidades e 6,3%).
No acumulado do ano, as exportações de bicicletas totalizaram 10.093 unidades, retração de 5,3% na comparação com o mesmo período de 2019 (10.655 unidades).
O principal mercado foi o Paraguai, com 5.639 unidades e 55,9% do total exportado. Na sequência, vieram Uruguai (1.866 unidades e 18,5%) e Bolívia (1.674 unidades e 16,6%).
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