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Clique aqui e confira a ficha técnica do novo Corolla 2012
Os preços da linha Corolla 2012 se apresentam da seguinte forma:
Corolla XLi 2011 1.8 16V VVT-i Flex M/T: R$ 63.570,00
Corolla XLi 2011 1.8 16V VVT-i Flex A/T: R$ 67.570,00
Corolla GLi 2011 1.8 16V VVT-i Flex M/T: R$ 67.070,00
Corolla GLi 2011 1.8 16V VVT-i Flex A/T: R$ 70.570,00
Corolla XEi 2011 2.0 16V Dual VVT-i Flex A/T: R$ 76.770,00
Corolla Altis 2011 2.0 16V Dual VVT-i Flex A/T: R$ 86.570,00
Para modelos com pintura metálica ou perolizada, acrescenta-se R$ 930,00 ao preço público sugerido.
O bom e velho sabor da novidade
O nosso teste de imprensa, com total de 306 quilômetros no interior paulista, foi iniciado pela versão Altis, com motorzão de 2.0 litros e completíssima. Mas, as vedetes do lançamento, foram as versões equipadas com o novo motor ZR 1.8 16V Flex Dual VVT-i.
A versão que nos entregue foi a Corolla GLi 2011 1.8 16V VVT-i Flex M/T, com valor de R$ 67.070,00. Já na saída do posto de apoio, foi possível ver que o novo motor e câmbio de 6 marchas seriam muito mais emocionantes do que o automático, mesmo com seus 144 cavalos de potência (quase 10 a menos que o irmão mais forte) a 6.000 RPM e torque de 18,6 kgf-m a 4.800 RPM. Sabemos que estávamos com essa potência e torque pois os carros foram todos abastecidos com 100% de etanol. Na gasolina, o motor rende 139 cv e 18,4 kgf-m de torque, nas mesmas rotações.
Ao sair do “pit” despejei toda força no pedal do acelerador para ver se ele ia bem até os 100 km/h. Quando engatei a segunda marcha, só ouvi os pneus gritando e uma gostosa sensação de grudar no banco. Logo, estávamos, eu e meu companheiro de “viagem”, a 160 km/h e engatando a terceira marcha, ainda. Era hora de respirar e ver que o freio à disco nas quatro rodas, com ABS e discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, funcionam muito bem. Afinal, o limite da rodovia era de 120 km/h.
Realmente, o novo motor anda muito bem e é realmente mais econômico. Estávamos em duas pessoas, com ar condicionado sempre ligado e exigindo bem do motor, chegamos a marca, no computador de bordo, de 8 km/l de média de consumo (lembrando que estávamos abastecidos com etanol). Responsável por 25% a 30% das unidades comercializadas, de acordo com a Toyota, os modelos com essa configuração têm o motor, com peças fabricadas no Japão e montadas aqui no Brasil, e o novo câmbio manual de seis marchas, que chega pronto do Japão e apenas é instalado no carro. Segundo a Toyota, a importação dos componentes é feita em grandes lotes, suficientes para até três meses de demanda, e nem mesmo os efeitos do recente terremoto devem afetar sua oferta.
Com bloco, cárter e cabeçote feitos de alumínio, o novo motor de 1,8 litro teve um ganho de 8 cavalos em relação ao anterior. Acelerando, o carro ficou muito esperto e deu muito mais segurança em ultrapassagens e retomadas, sem precisar apelar a todo momento para grande reduções de marcha. As reduções foram um caso a parte neste teste. O câmbio com meia dúzia de marchas pareceu impreciso em alguns momentos. Muito justo e curto, em alguns momentos é preciso cuidar para não engatar a marcha errada. Quando estava em quinta e fui reduzir para a quarta, cheguei a engatar a segunda por muito momentos e com o motor muito “cheio” para essa marcha. Talvez seja um problema que possa ser resolvido depois, mas como a Toyota pensa mais nos consumidores do automático, acredito que possa persistir.
Ainda na parte mecânica, um ponto chamou minha atenção. A suspensão traseira. Como esse item não foi mudado, saí para o teste sabendo que o sistema de barra de torção equipa todos os carros. Assim, o carro tende a se comportar muito “mole” em algumas situações. Indagados sobre isso, os engenheiros afirmaram que o público do Corolla é quem busca mais conforto e espaço interno. Com o sistema de suspensão independente e mais rígida, utilizada pelo Honda Civic, perde-se um pouco de porta-malas e o carro fica mais duro. Mas a Toyota não afirmou a todo momento do lançamento que o carro quer ser jovem? Bom, deve ser com cara de jovem, mas corpo de um senhor...
Por dentro, a versão GLi é satisfatória. Equipado com Airbag duplo na dianteira, sistema de som com leitor de MP3 e somente entrada para Ipod (cadê o USB das versões topo de linha), o carro abusa muito dos plásticos no acabamento do painel e sofre um pouco com o isolamento acústico, que deixa passar muito o ruído do motor para o habitáculo. O espaço interno é muito bom para quem vai na frente. Duas pessoas com 1,80 m se acomodam bem, podendo o motorista ajustar a altura do banco e volante manualmente (a direção em profundidade também). E mesmo assim, ainda fica um bom espaço no banco de trás. Mas cuidado com a cabeça se você for alto. Andando de passageiro na parte de trás é possível que você bata a cabeça no teto por alguns momentos.
Com uma área envidraçada grande e boa visibilidade é possível estar sempre de olho nos carros durante as manobras e nas ruas. Manobras que tiveram dois pontos, um bom e outro ruim. A direção elétrica é perfeita: macia e sem pesar no motor no estacionamento e precisa em movimento. O ponto negativo ficou pela falta de sensor de estacionamento ou até mesmo a tão comentada câmera de ré, que equipa somente as versões top.
Com grade frontal na cor da carroceria, luzes convencionais (nada de xênon ou LED) e carcaça plástica recobrindo a área do farol de neblina (não disponível), o Corolla GLi é pouco atrativo aos olhos, mesmo com as alterações. Acima da versão de entrada XLi, tem a função de atrair consumidores que não querem pagar mais de R$ 70 mil, mas exigem itens de conforto na cabine e a segurança dos freios com ABS (antiblocante).
Luxuoso e equipado
Bom vamos falar da versão Altis, a topo de linha do Corolla. Ao entrar no carro já se sabe que o carro é diferente. Com revestimento em couro e detalhes em imitação de madeira, ele agrada mais aos olhos, mas nada muito empolgante. A primeira coisa que fiz, foi inserir o pen drive e ver a funcionalidade do modo USB. Aí sim foi possível ver a pureza do bom sistema de som.
Antes de pegar a estrada, fiz questão de manobrar o carro e ver como funciona a câmera de ré. Depois do teste, acredito que isso deva equipar todos os carros. O sistema é tão funcional que até me esqueci que o sensor de estacionamento foi tirado da linha.
Pegando a rodovia Dom Pedro I, rumo a Campinas, já deixei o câmbio no modo S, que deixa o sistema Shift Gate, ou simplesmente as pedaleiras atrás do volante, pronto para ser usado. Mas confesso que nem me atentei para usá-las, já que a caixa de 4 marchas se adapta bem ao modo de direção e tudo sozinha, até mesmo segurar a marcha quando se pode pisar mais no acelerador.
O bom motor de 153 cavalos a 5.800 RPM, quando abastecido com álcool, e torque de 20,7 kgf-m de torque a 4.000 RPM menos emocionante com a caixa de mudanças com apenas 4 marchas. Que não mudou, enquanto outros fabricantes, como a Renault (com o Fluence) e até a GM (com o futuro Cruze), apostem alto em mais marchas, alguns fabricantes com até 8 marchas. Com uma quinta marcha apenas, talvez fosse possível melhorar e muito o consumo. Mas parece que essa mudança iria encarecer o valor do carro, e o deixaria menos atraente. O Corolla Altis 2011 2.0 16V Dual VVT-i Flex A/T sai por R$ 86.570,00, sem o valor da pintura metálica ou perolizada.
Rodando, ele é realmente um carro diferente. O isolamento acústico é visivelmente melhor. Tem-se a impressão de estar em um carro de luxo, mesmo com os abusos no plástico e a falta da reformulação interna.
O porta-malas continua muito bom. Com capacidade de 470 litros, ele acomoda bem duas malas grandes e uma bolsa média. O carro realmente é pensado para quem anda na cidade, mas sem grandes exageros de congestionamento, e pega a estrada no final de semana. Como a Toyota mesmo afirma, a versão Altis é dedicada ao público com mais de 45 anos. E mesmo com uma “cara” mais jovem, ele tem alma de tiozão.
Viagem a convite da Toyota
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