Nova Ducati Panigale V4 tem melhor relação peso/potência entre esportivas

Com 198 kg pronta para girar seu motor de quatro cilindros em “V” e 214 cavalos a nova Ducati Panigale V4 chega com a melhor relação peso/potência entre as superesportivas de série: 0,9 kg/cv. Ou seja, cada “cavalo” carrega menos de um quilograma. 

Apresentada no Salão de Milão do ano passado, a nova superesportiva da Ducati já está nas lojas europeias como substituta da antiga Panigale 1299 e seu motor de dois cilindros. Criada sob a mesma filosofia que os engenheiros italianos utilizam para desenvolver as motos de competição, a Panigale V4 é quase um protótipo da MotoGP, mas construído para oferecer, além de um excelente desempenho na pista, uma pilotagem prazerosa em ruas e estradas. 

Primeiro motor de quatro cilindros a equipar uma motocicleta de série da Ducati, o V4 da nova Panigale foi baseado no propulsor da Desmosedici de MotoGP, máquina vice-campeã mundial com o piloto Andrea Dovizioso em 2017. O novo V4 herda a arquitetura de quatro cilindros em “V” dispostos a 90° e também o diâmetro de 81 mm dos pistões da moto de corrida. Mas ganhou um curso maior – 53,5 mm – para melhorar o torque em baixos e médios giros, além de ter sua rotação máxima reduzida de forma a tornar a potência mais “domável”. 

Com isso a capacidade aumentou para 1.103 cm³ contra os 1.000 cm³ da moto de corrida. O desempenho do Desmosedici Stradale (um Desmosedici de rua em tradução livre) é menor do que os 250 cv da MotoGP, mas não menos impressionante: são 214 cv de potência máxima a 13.000 rpm e 12,6 kgf.m de torque a 10.000 giros.

O Desmosedici Stradale emprega o tradicional comando de válvulas desmodrômico, com embreagem multidisco em banho de óleo, antiderrapante e servo-assistida. O câmbio tem seis velocidades com Quickshifter de série, que permite passar as marchas sem o uso da embreagem.

Potente, porém leve

O propulsor da nova Panigale V4 pesa 64,9 kg, 2,2 kg a mais que o bicilíndrico de 1.285 cm³ da aposentada 1299. Para conter o inevitável aumento de peso dos cilindros a mais, a Ducati desenvolveu um quadro “dianteiro” (front frame) inédito, no qual o motor faz parte da estrutura. Mais leve e compacto que os perimetrais, permitiu a Ducati manter o peso em ordem de marcha em apenas 198 kg (195 kg na versão “S” que usa rodas forjadas).

A nova família de superesportivas da Ducati é composta pelo Panigale V4 e pela Panigale V4 S. A versão “S” se diferencia pelas suspensões eletrônicas Öhlins com uma nova interface de ajustes e componentes nobres, como alumínio forjado nas rodas e bateria de íons de lítio. Completa a família a Panigale V4 Speciale, uma edição limitada e numerada com uma roupagem exclusiva e sistema de escapamento de titânio.

Ajudas eletrônicas

Como toda superbike moderna, a Panigale V4 traz tecnologia de última geração. Graças ao potencial do sensor de medição inercial (IMU) da Bosch de seis eixos, o pacote eletrônico da nova superesportiva traz alguns recursos inéditos que define novos padrões de segurança ativa e de controle de veículo em todas as situações de condução. 

A Panigale V4 traz uma inédita derrapagem controlada durante a frenagem, ABS Cornering apenas na roda dianteira e um Quickshift Up & Down que leva em conta o ângulo de inclinação da moto. Todos esses controles - desenvolvidos na pista junto com os pilotos oficiais e de teste da Ducati - são incorporados nos três novos modos de pilotagem (Race, Sport e Street) e podem ser ajustados através do painel de TFT.

As primeiras unidades da Panigale V4 e V4S já estão sendo entregues nas concessionárias europeias. A versão de entrada tem preço sugerido de 22.590 euros (R$ 90.000); e a mais sofisticada V4S sai por 27.890 euros (R$ 110.000). Já a Panigale V4 Speciale com pintura nas cores italianas e limitada vai ser vendida por 39.900 euros (R$ 158.000). Questionada, a Ducati do Brasil afirmou que a nova superesportiva de 214 cv só chega ao País no início de 2019.