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Os veículos eram versões adaptadas do utilitário elétrico NV200 produzido na Espanha e equipado com o mesmo trem de força do Leaf, com motor de 107 cv. Neste caso, no entanto, foi adicionada a célula de combustível que gera eletricidade, sistema que pesa cerca de 250 quilos e ocupou boa parte do furgão. “O tamanho é o maior desafio, algo que precisa ser desenvolvido para ficar menor. É ainda inviável para um automóvel”, reconhece o executivo, estimando que a tecnologia vai amadurecer apenas depois de 2020. Assim, só na próxima década a Nissan poderá estudar a produção comercial da tecnologia.
O conjunto do veículo foi importado e montado no Brasil. O desenvolvimento da tecnologia aconteceu no Japão. Enquanto isso, o papel dos engenheiros brasileiros foi checar a viabilidade da solução para o mercado local. Em cerca de 3 mil quilômetros rodados nos testes, a empresa garante que já foi possível entender que a solução é promissora. “É bem mais barato do que a célula de hidrogênio porque dispensa a inclusão de um tanque de materiais nobres, como a platina”, diz. Outro ponto importante, destaca Abe é que, pelo menos no Brasil, a infraestrutura de recarga de etanol já está estabelecida.
Por causa disso, a solução é tão interessante para o mercado local. “A tecnologia também tem bom potencial nos Estados Unidos e na Ásia, regiões que usam etanol”, conta. O veículo promete autonomia superior a 600 quilômetros com um tanque de 30 litros do biocombustível. Segundo o gerente, o custo por quilômetros rodado é bastante atrativo: de apenas R$ 0,10. O valor seria inferior ao de um carro à gasolina, que custa cerca de R$ 0,30/km, e apenas um pouco acima do de um carro elétrico plug in, que tem valor estimado em R$ 0,09/km.
A Nissan aponta que, ao lado da melhoria da segurança dos carros, a redução das emissões geradas por seus veículos está entre as prioridades de sua estratégia global. A tecnologia SOFC se encaixa neste contexto como uma das soluções mais amigáveis ao meio ambiente. “Cada país tem uma estrutura, uma matriz energética. Estamos levando isso em conta. Em muitos lugares, por exemplo, os veículos elétricos não são viáveis, já que não vem de fontes limpas”, observa.
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