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MV Agusta F4 chega ao Brasil para ser mais uma opção entre as superesportivas

14/10/2011 - 11:18 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO
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A MV Agusta F4 é a segunda moto europeia de alto desempenho a brigar com os modelos japoneses no mercado nacional de superesportivas. Entretanto, ao contrário da BMW S1000RR, a superbike italiana não será importada, mas sim montada aqui pela fábrica da Dafra em Manaus (AM), junto com duas versões da naked Brutale. Segundo a montadora, os técnicos brasileiros reproduzem exatamente a bateria de testes realizados em Varese, na Itália, para garantir que o consumidor daqui tenha acesso à mesma moto que está disponível aos motociclistas do velho mundo.

O Brasil é o primeiro país fora da Itália a receber uma linha de montagem da marca que, segundo o diretor de Vendas Umberto Uccelli, planeja ter 1200 motos da grife italiana comercializadas já no primeiro ano da parceria com a Dafra. O objetivo é, em poucos anos, transformar o Brasil no terceiro maior consumidor de motos MV Agusta, perdendo apenas para os mercados italiano e francês.

Com design exótico, a F4 prima pela simplicidade e minimalismo na dianteira, com o conjunto óptico, com forma de losango – e equipado com lâmpadas de xênom – e pela luz de estacionamento dividida em duas barras paralelas colocadas na ponta da rabeta pouco acima das quatro ponteiras do escapamento. Mas, mostra sua agressividade nas linhas da carenagem, feitas em ângulos agudos nas laterais e também no pára-brisa. As saídas de ar facilitam a eliminação do ar quente produzido pelo motor, o que auxilia o sistema de refrigeração e melhora o desempenho da moto.

Aquele espaço atrás dos retrovisores, projetados para diminuir a turbulência causada pelo vento, também foi aproveitado, incorporando os piscas. Tudo para manter o conceito clean criado pelo designer Massimo Tamburini na primeira versão da F4, em 1998.

Motor e ciclística

A MV Agusta F4 é impulsionada por um motor tetracilíndrico, 16 válvulas, de 998 cm³ com comando duplo no cabeçote (DOHC) e com refrigeração a líquido. O propulsor é capaz de gerar até 187,3 cv a 12.900 rpm, potência suficiente para levar a moto a uma velocidade máxima de 305 Km/h. O torque máximo de 11,4 kgf.m a 9.500 rpm é contido pelos freios Brembo de fixação radial na dianteiro, sendo disco duplo flutuante de 320 mm na roda da frente e disco simples de 220 mm na traseira.

Montada sobre um quadro de treliça feito em aço, a F4 distribui o peso de forma quase igualitária: 52% concentrado na dianteira e 48% na traseira. A balança traseira é composta pelo monobraço progressivo de 120 mm de curso, amortecedor único com recuperação de compressão e mola com pré-carga ajustável. Na frente, a mesma configuração habitual das superesportivas: suspensão com garfo telescópico invertido (upside down) de 120 mm de curso.

Para domar toda a potência da moto, a F4 conta ainda com alguns itens eletrônicos embarcados como, por exemplo, controle de tração ajustável em oito níveis e os dois mapas de gerenciamento do motor que oferece pilotagem especial para pista (modo Sport), com prolongamento da relação entre as marchas de modo que cada gota de força possa ser extraída do motor; e outra bem mais contida para superfícies molhadas (modo Rain), que prioriza a segurança do piloto, abrindo mão do desempenho.

Encaixe perfeito

Em uma primeira olhada, a F4 parece não permitir a presença de um garupa, uma vez que o assento, dividido em dois níveis, recebe na parte que fica acima da rabeta o mesmo tom de vermelho que cobre parte da carenagem.

Outro ponto que torna evidente a ergonomia da moto é o desenho do tanque de gasolina. Ao contrário das demais superesportivas que preferem uma forma mais arredondada, o tanque da F4 – com capacidade para 17 litros – recebeu linhas que sugerem um desenho mais pontiagudo, facilitando o encaixe do tronco do piloto, o que confere maior estabilidade na hora de deitar seus 192 kg em uma curva.

A F4 conta ainda com escapamentos colocados sob a rabeta – outra inovação incorporada por Massimo Tamburini – com a missão de aumentam o ângulo de inclinação nas curvas e, aliados com as pedaleiras recuadas e os semi-guidões, garantem uma pilotagem totalmente esportiva.

Todos os sistemas da MV Agusta F4 são gerenciados pelo piloto por meio de um painel digital com iluminação azul. Ali são apresentadas várias informações: níveis do controle de tração, as opções de mapeamento do motor, velocímetro, conta-giros e uma função de cronómetro com a qual é possível especificar o tempo da volta e total da corrida. Informações indispensáveis se o piloto resolver leva-la para curtir um track day.

Duelo de status

Com previsão de início das vendas em dezembro, a MV Agusta F4 chega ao mercado brasileiro com o preço sugerido de R$ 68 mil. Valor superior aos das tradicionais superesportivas japonesas de 1000cc, como a Honda CBR 1000RR Fireblade (R$ 58 mil, na versão com freios ABS), Yamaha YZF-R1 (R$ 57 mil) e Suzuki GSX – R (R$ 58.900). Todavia, o público alvo da F4 é o mesmo da BMW S 1000RR, que sai por R$ 62.400 em uma configuração semelhante à da italiana. Trata se de um consumidor que, além da paixão pela velocidade, busca um produto que seja caracterizado pelo status e exclusividade. Predicados esses que a MV Agusta F4 tem de sobra.

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