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Já havia sido anunciado e o Salão de Milão 2011 confirmou: MV Agusta lança nova F3 e Brutale, ambas com motor de 675 cm³ e três cilindros. Essa opção de motor faz com que a lendária marca de motocicletas esteja mais acessível aos motociclistas, já que é muito mais fácil e barato pilotar uma F3 do que uma F4, ou uma Brutale 675 do que uma Brutale 1090, certo?
Com essa atitude a marca coloca à disposição do consumidor motos de entrada para o mundo MV Agusta, abrindo o leque de opções e, claro, atendendo a um número muito maior de motociclistas por todo o mundo. Por enquanto as novas motos de 675 cc não serão montadas em nosso País, mas a assessoria já anunciou que importará a F3 sério ouro a bagatela de R$ 170.000 — essa versão da F3 é limitada a 200 unidades e oferece materiais nobres e alguns mimos ao seu comprador.
Novo motor
O propulsor que equipará as duas novas motocicletas (F3 e Brutale 675) é um tricilíndrico, de 675 cm³, refrigerado a água, com DOHC e 12 válvulas. O grande diferencial deste motor é seu tamanho. Compacto e estreito, ele consegue gerar 128 cavalos de potência a 14.500 rpm e oferece um torque máximo de 7,2 kgf.m a 10.600 rpm na F3. Já na Brutale 675, amansado, ele produz 115 cavalos, mas tem o mesmo torque que sua irmã esportiva.
Segundo a MV Agusta este propulsor é o único da categoria a utilizar um eixo de manivela contra-rotação. Essa característica contribui para uma pilotagem mais dinâmica, onde torque e potência estão à disposição do piloto a qualquer momento.
Outro detalhe deste novo motor que foi sublinhado pela marca italiana é a junção da bomba d’água e de óleo dentro do cárter o que, segundo a fabricante, também ajudou a desenvolver o mais potente tricilíndrico já produzido pela marca.
Eletrônica
Tanto a Brutale, quanto a F3 oferecerão ao piloto um novo sistema eletrônico batizado de MVICS. Com esta eletrônica o condutor poderá selecionar quatro opções pré definidas de mapeamentos do motor, ou personalizar uma mapa adicional para obter a entrega de potência desejada.
Além disso, ambas as motos contarão com controle de tração. Serão oito níveis de ajuste. Basta o piloto selecionar qual o grau de intrusão que o controle atuará — tudo operado pelo punho esquerdo.
Chassi e ciclística
Graças ao compacto propulsor de 675 cm³, o chassi pôde ser projetado para “abraçar” o motor sem aumentar a distância entre-eixos. O quadro incorpora tubos de aço e placas de alumínio, deixa o braço oscilante longo, para garantir maior tração ao piloto, e não perde no comprimento — são 1.380 mm em ambas as motos, que se diferem no peso a seco: são 173 kg para a F3 e 163 kg para a Brutale.
Agora quando o quesito é o conjunto de suspensões, as diferenças entre Brutale e F3 são nulas. Suspensão dianteira invertida com 43 mm de diâmetro e 125 mm de curso nas duas motos. Só que a F3 oferece opções de ajustes. Na traseira, as duas motos têm suspensão monoshock com 123 mm de curso e amortecedor da Sachs.
E para frear estas duas máquinas a MV Agusta optou por utilizar a grife Brembo em ambas as rodas. São dois discos de 320 mm, com pinças radiais de quatro pistões na frente e um disco simples de 220 mm com dois pistões atrás. Até mesmo as rodas e pneus são os mesmos: rodas de 17 polegadas com pneu 120/70 na dianteira e rodas de 17 polegadas com pneu de 180/55 na traseira.
Mercado
A grande diferença entre a F3 e a Brutale é o mercado. Enquanto que a F3 inova no mercado superesportivo de média cilindrada, a Brutale 675 chega para disputar um dos segmentos mais acirrados do mercado de duas rodas: o naked de média cilindrada.
Apresentadas durante o EICMA 2011, que aconteceu de 9 a 13 de novembro, as duas motocicletas estarão nas concessionárias já no começo do ano que vem. A Brutale 675 custará 8.990 Euros e a F3 sairá por 12.190 Euros.
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