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As remessas de 2013 ainda estão longe de atingir o recorde de 2011, quando as montadoras pagaram US$ 5,6 bilhões em lucros, depois dos US$ 4,1 bilhões de 2010. Mas a cifra obtida no ano passado continua expressiva e voltou a crescer, comprovando que o setor vem conseguindo construir resultados consistentes no País, a despeito de todas as reclamações sobre margens apertadas.
Há mais de 10 anos o setor sempre fica entre os que mais remetem lucros. Apenas nos últimos quatro anos, os dividendos pagos pelos fabricantes de veículos no Brasil às suas matrizes atingem a significativa soma de US$ 15,4 bilhões, levando em conta só os registros oficiais do BC. Esse valor já é quase a metade do que os fabricantes prometem investir no Brasil até 2017.
Investimento direto
No sentido contrário, na conta do investimento estrangeiro direto (IED), as matrizes das montadoras injetaram no Brasil em 2013 o total de US$ 1,87 bilhão, em incremento de 48,6% sobre os US$ 1,25 bilhão de 2012. Embora a expansão seja grande, o setor é apenas o oitavo que mais recebeu IED no Brasil no ano passado, responsável por 3,8% do total investido.
Mesmo que o IED das montadoras no País chegasse a US$ 2 bilhões por ano e assim se mantivesse nos próximos anos, não fecharia a conta do montante que os fabricantes prometem investir no Brasil, que segundo a Anfavea chega a R$ 75 bilhões de 2013 até 2017, cerca de US$ 30 bilhões pelo câmbio atual. Portanto, para sustentar esse investimento, as montadoras deveriam aportar mais de US$ 6 bilhões por ano no período proposto. Como não fazem isso, estão investindo menos do que dizem ou se valendo de outras formas de captação de capital, especialmente de recursos subsidiados pelo governo na forma de empréstimos do BNDES e outras instituições de fomento, além de incentivos fiscais estaduais e federais.
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