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O Bananalama 2018, porém, foi um pouco “menor” que o recorde: apenas 3.098 participantes, com 2.796 motos e 302 quadriciclos e UTVs. No domingo, 8 de julho, todos enfrentaram uma trilha de aproximadamente 60 km ao redor da cidade catarinense, a maior produtora de bananas do estado e uma das maiores do País.
Woodstock é aqui
Mas não são apenas a lama e a banana de Corupá – “a mais doce do Brasil”, como gostam de bradar os locais – que motivam tanta gente a participar do evento. O empresário Fabricio Zimmer, 36 anos, e mais duas dezenas de amigos saíram de Capão da Canoa (RS) em dois ônibus e rodaram mais de 600 km para “comer churrasco, beber cerveja e andar de moto. Quer mais o quê?”, brincou o gaúcho que já participou de outras duas edições.
Zimmer e os amigos improvisavam espetos de bambu na área de camping do evento, conhecida como “Woodstock”, uma analogia ao estado alterado de consciência dos acampados nas noites que antecedem o passeio. Mas, ao invés de rock’n’roll, a trilha sonora que embalava os motociclistas era o sertanejo ou o ronco das motos que recebiam os últimos acertos.
Mas a Kawasaki 85cc dois tempos do portador de nanismo Mario Leiria, de 30 anos, tinha outra utilidade. Os amigos usaram a motinho para acender a churrasqueira, usando o escape para soprar o carvão. Mario e mais 12 amigos vieram de Curitiba (PR) para curtir o fora-de-estrada. “A trilha aqui é show de bola”, afirmou o motoboy Jefferson Breda, de 21 anos, que ia acelerar sua Honda Tornado com motor preparado de 340cc.
O camping do Bananalama tinha gente que veio de muito longe, como o mineiro José Lozi, 44 anos. Ele rodou mais de 1.200 km desde Carangola, no norte de Minas, para fazer uma trilha de apenas 60 km ao lado dos amigos. E nem reclamou da distância.
Mar de motos
Embora não seja uma competição, no domingo bem cedo, às 7h da manhã, alguns trilheiros já se alinhavam para a largada, que aconteceria duas horas depois. O objetivo era sair na frente e evitar o “enrosco”. Afinal, quase 3.000 motos passariam pelas mesmas estradinhas usada pelos produtores de banana.
Tem moto de todo tipo, até mesmo algumas Honda CG 150 com pneus de trilha, como a de Jandilson Gumz. Ele e seu irmão, Everson, ambos deficientes auditivos, são de Corupá e não perdem o “trilhão” por nada. O também local Lucas Paholski, de 17 anos, comprou sua moto de trilha há pouco mais de dois meses e iria fazer sua estreia no Bananalama. “Tem estradão, mas também tem muita lama”, garantiu ele.
As motos não paravam de chegar para a área de largada, muito maior do que um campo de futebol. A cada minuto o mar de motos só aumentava. As inscrições estavam abertas até pouco tempo antes da largada e superaram o número de 2017 por volta das 8h da manhã.
A jovem Poliana Viliczinski, de 18 anos, também foi em família ao Bananalama. Poliana saiu às 5h da manhã de São Bento do Sul (SC), a 40 km de Corupá, para participar do evento ao lado do pai, Vanderlei. “É minha segunda vez aqui. É muito divertido”, disse.
“Na hora da largada todas essas motos acelerando é de arrepiar”, afirma o gaúcho de Santa Maria, Élder Zanini Frasson, de 45 anos, um dos primeiros a se enfileirar para a tão aguardada trilha.
Após uma oração para pedir proteção, o locutor incitou os trilheiros a ligarem suas motos. O ronco de quase 3.000 motos era o sinal que, depois de muita cerveja e churrasco, estava na hora de deixar “Woodstock” para trás e encarar a lama.
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