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Desta maneira, o crescimento da cobertura da Jeep no Brasil será de impressionantes 344,4% entre 2014 e 2015. No ano passado a marca contava com apenas 45 concessionárias. Apenas no primeiro trimestre deste ano foram abertas 75 novas casas. Segundo a companhia, esta rápida evolução demanda investimento de cerca de R$ 240 milhões dos distribuidores, considerando o aporte médio de R$ 2 milhões em cada nova unidade, com a geração de 1,5 mil empregos.
Diferentemente do que acontece no exterior, boa parte desta estrutura será destinada exclusivamente à Jeep. Sérgio Ferreira, diretor-geral da marca no Brasil, explica que todas as casas com inauguração prevista venderão modelos Jeep, mas apenas 50 oferecerão também veículos Chrysler, RAM e Dodge. “É parte da nossa estratégia para o Brasil, para que a gente possa alcançar o volume esperado no mercado local”, explica o executivo. Ele esclarece que a estrutura das novas casas será completamente independente das já existentes, com oficinas separadas mesmo no caso de grupos empresariais que já têm concessionárias Fiat e pretendem abrir revenda Jeep na mesma rua ou região.
Renegade
A companhia ainda não revela números, mas dá sinais de que há grande pretensão para as vendas do Renagade no Brasil. “Queremos a liderança do segmento de SUVs compactos”, afirma Ferreira. Para alcançar a meta, a Jeep precisará desbancar concorrentes de peso, incluindo o Ford EcoSport, atual líder do segmento, com mais de 54,2 mil unidades vendidas em 2014. O diretor-geral espera que 50% do público do Renegade seja composto por clientes que já têm utilitários esportivos. O restante será de consumidores que trocarão carros de outras categorias pelo modelo.
Os preços e detalhes do Renegade só serão revelados no lançamento oficial, mas a empresa garante que manterá o carro bem competitivo para cumprir suas metas. Antes mesmo do início das vendas, 20 mil clientes já sinalizaram interesse na compra. O veículo estreia tecnologias inéditas em um SUV compacto brasileiro, como motor a diesel e assistente de estacionamento. A fabricante espera abocanhar parte importante do segmento de utilitários esportivos, que responde por cerca de 9% das vendas no Brasil, enquanto alcança participação média de 18% em outros grandes mercados globais. “Isso mostra o potencial de crescimento no País”, aponta Ferreira.
Para o executivo, até 2020 as vendas de modelos da categoria no mercado nacional deverão saltar de 135 mil para 328 mil unidades. Só neste ano, mesmo diante da tendência de contração das vendas totais, o segmento pode crescer entre 40% e 50%, na opinião do dirigente da Jeep.
O terreno fértil encontrado no Brasil será uma das bases para o crescimento da marca no mundo. Em 2009 foram entregues 338 mil carros da Jeep globalmente. Este número chegou a 1,01 milhão de unidades no ano passado. O número de fábricas também avança e deve chegar a oito em 2018. A planta pernambucana será a primeira unidade produtiva da empresa fora dos Estados Unidos, com capacidade para fazer 250 mil veículos por ano.
A fabricação no Nordeste brasileiro começou no último dia 19 de fevereiro e a companhia garante que as primeiras unidades do Renegade já saíram da linha de montagem com 80% de conteúdo nacional. “Por causa do nosso alto índice de localização não somos tão afetados pela elevação do dólar”, esclarece. Ferreira não se intimida por iniciar as atividades da nova planta e fazer o lançamento de um veículo tão importante em meio a uma crise na demanda por carros novos.
Para ele, ainda que o cenário esteja nebuloso, o momento é de oportunidade. “Muitos clientes interessados em SUVs seguraram a compra desde o fim do ano passado para aguardar os lançamentos”, acredita, referindo-se ao Renegade e aos concorrentes que chegam no mercado nas próximas semanas, como o Honda HR-V e ao Peugeot 2008. Com o início das vendas de novos modelos, Ferreira acredita que a demanda deve se aquecer. De forma geral, o executivo espera resultados melhores no mercado brasileiro no segundo trimestre, com recuperação mais consistente no segundo semestre.
O esforço para fortalecer a marca Jeep e ampliar a rede de distribuição deve trazer resultados não só para o Renegade. A companhia também espera crescimento na procura por modelos importados da marca. No ano passado foram vendidas 3,3 mil unidades no mercado interno. A ideia é elevar este volume para 5 mil carros em 2015.
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