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As versões bicombustível vão disputar espaço no mercado nacional com modelos como Honda CR-V, Hyundai iX35, Mitsubishi ASX e Kia Sportage. Já na faixa de preço da opção a diesel o alvo está nos SUVs das marcas alemãs, como Mercedes-Benz GLA, Audi Q3 e BMW X1. O plano da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, controladora da Jeep, é alcançar a marca de 2 mil emplacamentos mensais, número ambicioso, superior ao dos concorrentes. Deste total, 70% devem ser das versões com motor flex. Para chegar a este volume, a aposta é rechear o modelo de tecnologias como controle de velocidade de cruzeiro, alerta de colisão e monitoramento de mudança de faixa de rodagem. O modelo também se destaca por oferecer tração 4x4 nas versões diesel.
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O novo Compass trouxe evolução em relação à geração anterior com o combo que inclui desenho mais atual, conforto e dirigibilidade. Como já acontece com a Fiat Toro e com o Renegade - as melhores opções ainda são as equipadas com o motor diesel, que inclusive é o mesmo que o da picape e o do SUV compacto. O propulsor é oferecido com transmissão automática de nove velocidades e eficiente tração 4x4. Já as versões flex contam com câmbio de seis marchas e tração 4x2.
Mesmo com versões com preço mais baixo - e mais próximo ao do Renegade, o modelo só passa a entregar tecnologia de verdade nas configurações mais incrementadas. De série a opção mais básica, Sport flex, oferece sistema multimídia com tela sensível ao toque, navegador GPS, câmera de ré, ar-condicionado, assistente de partida em rampas e controle de velocidade de cruzeiro, entre outros itens. A partir da configuração intermediária, a Longitude, entram na lista de equipamentos como ar-condicionado de duas zonas e destravamento e partida sem precisar tirar a chave do bolso.
A partir da configuração Limited o Compass já traz airbags laterais, de cortina e de joelho, sistema que detecta ponto cego, sensor de chuva, quadro de instrumentos digital, alerta para prevenir colisão frontal com frenagem automática e sistema de assistência ao estacionamento.
Carro pernambucano tipo exportação
Com o Compass a FCA pretende explorar melhor o promissor segmento de SUVs. “Um em cada quatro carros vendidos no mundo já é deste segmento”, observa Sergio Ferreira, diretor comercial da companhia. Segundo ele, o Brasil não repete esta proporção, com parcela de apenas 12% das vendas totais concentradas na categoria. O executivo destaca que este e outros dados sinalizam forte potencial de crescimento nos próximos anos.
Outro indicador importante para a marca está nos bons resultados de vendas do Renegade, lançado no Brasil no primeiro semestre do ano passado. A expectativa é de que, até o fim do ano, a produção do modelo alcance a marca de 100 mil unidades, volume que atende mercado interno e exportações.
O Compass encerra a primeira etapa do plano de produto do Polo Automotivo da Jeep em Goiana. Em abril do ano passado o complexo desbravou a região como primeiro empreendimento industrial a se instalar ali (leia aqui). A planta, que já tem 3,2 mil funcionários, vai contratar mais 500 pessoas para dar conta da produção do novo modelo. A operação começou com o Renegade, evoluiu em 2016 com a picape Fiat Toro, construída sobre a mesma arquitetura modular, que serve de base agora para o Compass. “Saímos do zero e lançamos três produtos em um ano e meio”, destaca Stefan Ketter, presidente da companhia para a América Latina. Com a conclusão do projeto, a empresa colocou à prova a flexibilidade da nova fábrica, que parece ter passado no teste ao produzir em uma mesma linha de montagem os três modelos em todas as suas configurações.
A promessa é de que o Compass atenda não só ao mercado interno, mas seja exportado, com potencial para abastecer os vizinhos da América Latina inicialmente e até mesmo países da África e do Oriente Médio no futuro. Globalmente a nova geração do SUV é um dos pilares da estratégia de internacionalização e expansão da Jeep. Segundo a companhia, nos últimos sete anos o volume de vendas da marca ficou cinco vezes maior, com expectativa de alcançar a marca de 1,5 milhão de unidades até o fim de 2016.
As metas de vendas no Brasil serão apoiadas na rede de concessionárias da Jeep, que já somam 191 lojas. O número, aparentemente, é o ponto de equilíbrio para a marca, que não planeja outras expansões. “Saímos de 45 revendas em 2014 e chegamos a esta cobertura. A partir de agora serão só ajustes, como eventualmente deslocar uma concessionária para alguma região que estiver descoberta, ou aberturas pontuais”, conta Alexandre Clemes, gerente de produto da Jeep.
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