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O novo investimento da GM soma-se aos US$ 740 milhões já investidos na fábrica de Alvear de 2014 a 2016. Em 2015 a GM decidiu transferir do Brasil para a Argentina a produção de seus modelos de maior valor agregado montados no Mercosul, as versões sedã e hatch do Cruze. Na planta argentina ambos são montados com grande quantidade de componentes importados, mas atingem a exigência do Mercosul de conteúdo local mínimo de 60%, que considera itens amplos como mão-de-obra e consumo de energia. A GM também monta na Argentina o motor 1.4 turbo usado pelo Cruze.
A GM deverá obrigatoriamente deixar de produzir o Cruze nos próximos anos, pois é um projeto de sua subsidiária europeia Opel, que este ano foi vendida ao grupo francês PSA. Portanto, a nova plataforma a ser introduzida na planta argentina deverá substituir a do Cruze.
A GM revela pouco sobre o novo produto, apenas confirma que será “um novo modelo global de alto valor agregado”, segundo Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul. A imprensa especializada especula sobre um provável crossover/SUV que substituirá no futuro o Tracker, hoje importado do México para a região. “Esse produto ajudará a fortalecer a base das exportações argentinas de acordo com o ‘Plano de 1 milhão’ lançado pelo Governo Federal e aumentará a produção doméstica, posicionando a Argentina como uma plataforma global de exportação”, acrescentou Zalenga no mesmo comunicado.
Para produzir mais na Argentina e exportar mais de lá, a GM também deverá aumentar bastante suas importações no país vizinho. Por isso já anunciou que o novo investimento também contempla a expansão das suas operações no Terminal Puerto de Rosário, onde cerca de 6 mil contêineres e 1,5 mil veículos são movimentados por ano. A previsão é dobrar a capacidade anual de movimentação de contêineres (com peças importadas) e o volume de importação e exportação de veículos deverá ser superior a 100 mil unidades/ano.
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