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“Percebemos nas últimas duas semanas uma reversão muito forte sobre o que estava acontecendo dentro do mercado: o fluxo nas revendas foi muito superior e a qualidade de aprovação do crédito também aumentou.”
O presidente informou que até 21 de maio, portanto, antes do anúncio das medidas, a média diária de emplacamentos estava no patamar de 11 mil unidades e que hoje essa média oscila entre 13 mil e 14 mil unidades por dia. Ele explica que nesse período houve picos de até 18 mil unidades (registrado em 31 de maio), a maior parte de emplacamentos represados, ou seja, contratos de compra realizados antes do anúncio e que foram cancelados para gerar novas notas com novos preços.
A aprovação de fichas de crédito também cresceu, segundo ele: antes do anúncio, estavam entre 30% e 35%, enquanto hoje a aprovação supera os 50%.
Com esse cenário, as vendas de maio superaram as de abril em 11,53%, para 287,5 mil unidades, considerando veículos leves e comerciais pesados. No segmento de automóveis e comerciais leves, principal alvo das investidas do governo, o crescimento foi de 12,11% na mesma base de comparação.
Apesar do resultado positivo, a entidade preferiu manter as projeções para o ano, as mesmas divulgadas em janeiro passado, com crescimento de 3,5% no segmento de automóveis e comerciais leves, para 3,54 milhões de unidades. Para o mercado total, que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas, a Fenabrave espera crescimento na ordem de 5,7% com relação a 2011, para 5,76 milhões de unidades.
Por enquanto, as vendas totais acumuladas até maio recuaram 4,82% sobre iguais meses do ano passado, para 1,36 milhão de unidades, volume que não inclui motocicletas. Em automóveis e comerciais leves, a queda chegou a 4,37%, para 1,29 milhão.
Sobre novas projeções para 2012, o executivo responde: “Vamos aguardar o encerramento de junho, que é quem sinalizará o fôlego do mercado, mas a tendência é de se estabilizar com média diária acima das 13 mil unidades”, completou.
Apesar da preferência pelo otimismo para falar de mercado, Meneghetti revela que a preocupação do setor está no desempenho da economia brasileira, com o desdobramento da quebra da safra, e nos reflexos da crise europeia. Essa preocupação está impressa na revisão das projeções da entidade para o crescimento do PIB do País em 2012, que passou de 3,5% para 2,5%.
Meneghetti aponta que o governo está encontrando medidas para reverter o cenário de crise em todos os segmentos e que essas ações podem se estender para o setor automotivo, cujas medidas vigoram até 31 de agosto de 2012.
“Acredito que na hipótese do mercado não demonstrar sinais de recuperação no curto prazo, o governo poderá manter as medidas de desoneração e juros menores além do previsto.”
Novo crédito, novo perfil de consumidor
Meneghetti considerou como ação mais impactante dentro do pacote de incentivos do governo a redução dos juros, que possibilitou que mais famílias pudessem se comprometer com parcelas que por sua vez, ficaram menores. Entretanto, ele descreve o novo cenário do crédito para financiamentos, diferente de 2010, quando bancos e financiadoras concediam prazos de até 60 meses sem entrada.
“Hoje não existe financiamento sem entrada: ou o consumidor tem poupança ou tem um carro usado para dar de entrada, que oscilam entre 20% e 30%.”
Esta nova postura de restrição do crédito por parte dos bancos e financiadoras mudou o perfil do cliente. Meneghetti diz que muitos dos que compraram anteriormente não terão condições de comprar desta vez, principalmente por causa da desvalorização do carro usado, que não completa o valor de entrada de um zero quilômetro.
“Teremos um crescimento bem inferior ao que tivemos naquela época, um crescimento inflado por esse instrumento de crédito. Não vamos ter um volume de newcomers como tivemos no passado.”
Bancos e financiadoras restringiram o crédito em sua maioria para evitar o calote dos consumidores. Hoje, a inadimplência acima de 90 dias para o setor de veículos está 5,9%, o maior índice da série histórica.
Estoques
O presidente da Fenabrave disse durante a divulgação dos números do mercado que os estoques nas redes de concessionárias também começaram a cair, algo entre 15% e 20% desde o anúncio das medidas. Segundo ele, se mantido o ritmo previsto de média diária de 13 mil unidades, os estoques devem se regularizar em até 60 dias, informou, acrescentando que um nível saudável seria de 25 a 30 dias.
Até 21 de maio, os estoques estavam em 45 dias nas concessionárias. Com base nos dados de duas montadoras, ele estima que hoje esteja em 33 dias.
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