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Mesmo completando o dia na 18ª posição, Carlos Sousa e Paulo Fiuza permanecem entre os 10 melhores, na 9ª colocação, com 10h03min18 acumulados. "A especial foi muito rápida. Tivemos uma ligeira dúvida no caminho, decidimos procurar um outro percurso e acabamos atolando. Descemos do carro para colocar as pranchas de desencalhe e perdemos bastante tempo. Foi uma pena", descreve Sousa. "Mas o ASX Racing está indo bem. Só precisamos fazer algumas melhorias na suspensão. Está evoluindo", completa.
O trecho teve 284 km de especial, entre San Juan e Chilecito, na Argentina, passando por belíssimas regiões, cânions e por estradas repletas de pedras soltas.
Guilherme Spinelli e Youssef Haddad caíram para a 31ª posição no acumulado geral após enfrentarem problemas no trecho cronometrado. "Vínhamos super bem, ultrapassamos três carros e estávamos em ritmo forte. Mas faltando 120 km, quebrou o pivô da suspensão dianteira. Demoramos para fazer o reparo e seguimos com cautela redobrada", explica o piloto.
"Foi uma sucessão de infelicidades. Também furamos um pneu e passamos uma das entradas, perdendo tempo para achar o caminho correto. Logo depois tivemos o problema na suspensão. O parafuso também quebrou e tivemos que tirar toda a bandeja para fazer o reparo", disse Youssef.
A dupla segue na prova, mas vê a chances de bons resultados diminuírem. "Vamos continuar e tentar ficar o mais próximo possível do Carlos e Paulo. Vamos torcer para eles continuarem tendo uma boa prova e os apoiando em tudo o que precisarem. Vamos fazer o melhor possível", afirma Guiga.
Etapa 4 - 07 de janeiro
Chilecito (ARG) / Copiapó (CHL)
Deslocamento: 594 km
Especial: 315 km
Total: 909 km
No quarto dia, o Rally Dakar se despede temporariamente da Argentina e cruza a Cordilheira dos Andes em direção ao Chile. A fronteira entre os dois países está a 4.800 metros de altitude, no Passo de San Francisco, um desafio a mais para os pilotos e para os veículos com o ar rarefeito. A especial começa por um trecho de mineração até entrar no Deserto do Atacama, com percurso aberto em meio à areia. Nos últimos 40 quilômetros, já será possível avistar as gigantescas dunas na chegada à Copiapó.
"Estamos indo em direção ao Chile com deslocamento bem grande para cruzar a fronteira e a altas atitudes. Com especial já do lado chileno, mais para o fim do dia e teremos bastante areia. Essa região de Copiapó é tradicional a presença das dunas, onde certamente encontraremos as dunas mais altas do rali e consideradas as maiores do mundo. É o momento onde o rali entra no Atacama", explica Guilherme Spinelli.
As temidas dunas do Atacama trazem muitos desafios para os competidores. "Amanhã teremos a primeira etapa com areia e dunas. E vai depender muito do calor. Se estiver quente, a areia muito solta, macia e é pior. É uma etapa que fez parte de todos os Dakar na América do Sul e é uma caixinha de surpresa. Temos que ir com muita precaução", garante o navegador Paulo Fiuza.
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