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Projetado para ser parte integrante do chassi, a arquitetura do novo motor foi totalmente recalculada para dar à moto a melhor distribuição de peso e potência. Com base no propulsor que equipa a equipe Ducati Corse no Mundial de MotoGP, o novo motor terá a missão de atingir três metas principais: alto desempenho, leveza e níveis aceitáveis de dispersão de gases.
Os cilindros, que permanecem a 90 graus um do outro foram girados para trás em 6 graus sobre o eixo do cárter, permitindo que o motor seja encaixado no quadro da moto em uma posição 32 mm à frente do modelo anterior. Essa mudança ajudou na distribuição de peso, poupando mais a suspensão traseira monochoque da 1199 Panigale.
Outro fator é o reforço da válvula do comando Desmodrômico, sistema utilizado em todos os motores da Ducati e que ganha aqui uma importância maior. O Superquadro emprega válvulas de dimensões maiores do que as versões anteriores em uma geometria mais íngreme, que seriam impossíveis de ser fechadas pelas molas convencionais em altas rotações. O comando Desmodrômico atua aqui fechando – mas com a rapidez necessária pra que o motor não tenha seu desempenho prejudicado.
Menos peso e menos poluição
Para diminuir o peso total da peça, os engenheiros da Ducati procuraram otimizar cada função do Superquadro. No final de cada câmara de exaustão foi instalada uma centrífuga. Esta peça funciona como um descompressor, que permite que a moto seja ligada sem precisar de um motor de arranque mais complexo e, por conseqüência, de uma bateria maior. Com essa inovação, o peso do conjunto foi reduzido em pouco mais de 3 quilos, o que é muito quando os engenheiros trabalham com a missão de diminuir gramas e milímetros para melhorar o desempenho e a resistência.
Para garantir que toda a potência na 1199 Panigale não corresse o risco de ser reprovada na hora da homologação, a equipe de desenvolvimento do novo motor Superquadro teve cuidado com o sistema de emissão de gases. Foi instalado um segundo sistema de ar paralelo ao utilizado no processo de combustão. Isso faz com que os hidrocarbonetos que passaram ilesos pelo motor e chegaram ao escapamento sejam oxidados. Todo o sistema é regulado pela ECU (Unidade de Controle Eletrônica) responsável por calcular variáveis, como a mistura de ar e combustível do motor. A soma de todos esses cálculos é o que se chama de mapeamento do motor, o que garante uma operação mais suave de cada ciclo do propulsor otimizando o consumo de combustível e o desempenho.
A 1199 Panigali também tem novidades no câmbio, que teve aumentada a distância entre os centros dos eixos das seis velocidades, permitindo maior diâmetro nas engrenagens, agora mais fortes para transmitir a potência melhorada. E a nova embreagem, baseada muito de perto no projeto da big-trail Multistrada e em componentes da muscle bike Diavel, apresenta um mecanismo servo-assistido e progressivo, que comprime as placas de forma melhorada, aumentando ou diminuindo a pressão sobre os discos da embreagem, reduzindo efeitos desestabilizadores da traseira da moto em condições extremas, suavizando também a condução em condições normais.
As novidades mecânicas do motor Superquadro, aprimoradas ao longo da história da Ducati e testadas nas pistas do MotoGP, prometem fazer da 1199 Panigale um novo ícone entre as superesportivas do mundo todo. O que aumenta ainda mais a expectativa para a apresentação da superesportiva italiana durante o maior salão de motos do planeta. Apostando na resistência do conjunto motriz, a Ducati só fará a primeira revisão periódica no novo propulsor após rodar 24 mil quilômetros.
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