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No entanto, nenhuma delas expressa tão bem o que representa o segmento supermotard como a versão topo de linha, a Hypermotard SP. Seus diferenciais? Além da pintura e grafismos da divisão esportiva da marca italiana, o branco, vermelho e preto da Ducati Corse; o modelo ganhou rodas e pneus esportivos, suspensões e freios de alto desempenho, e configuração da unidade da central eletrônica (ECU) diferenciada. Todo este pacote está disponível nas concessionárias Ducati por R$ 64.900, ainda importada. Segundo a marca, há planos de nacionalizar a família Hypermotard em Manaus (AM), na fábrica da Dafra.
Corpo esbelto e roupa nova
A nova Ducati Hypermotard SP mudou bastante em relação à antiga versão. As carenagens têm um desenho mais agressivo, com formas angulosas. O sistema de escapamento, que era de dupla saída embaixo do banco, foi substituído por uma única peça triangular do lado direito da moto. Além de ser mais bonito e seguir as novas linhas da Hypermotard, o novo sistema não esquenta a parte de trás do banco como na sua antecessora.
Por falar em banco, de tão fino que é o novo assento aparenta que irá lhe causar danos ao traseiro. Porém, bastam mais de 20 minutos para provar o contrário. Apesar da fina camada de espuma, é confortável e acomoda bem o piloto. Sua altura, também assusta e é um empecilho para os mais baixos. A distância do assento ao solo é de 890 mm e até mesmo um piloto de 1,81 m, como eu, precisa utilizar as pontas dos dedos para se equilibrar em alguns momentos. Em movimento, no entanto, essa dificuldade desaparece.
A Ducati pensou melhor e mudou o espelho retrovisor de lugar. Agora o piloto pode passar no corredor formado entre os carros e, ao mesmo tempo, ter uma boa visão traseira. Nas versões anteriores, os espelhos eram retráteis e fixados nas pontas do guidão, cabendo ao condutor escolher entre abrir o retrovisor ou superar o trânsito das grandes cidades.
Muita gente reclama dos atuais conta-giros digitais, dizendo que a visualização das rotações fica comprometida. Por um lado é fácil de entender, já que a maioria dos motociclistas “se formou” em motos com tacômetros analógicos e por isso se acostumaram com esse método. Mas por outro, em certas motos, como na Hypermotard SP, é fácil se acostumar com a barra digital das rotações. A visualização é simples e passa a ser rápida depois de se familiarizar com o modelo. O painel é completo (consumo total, instantâneo e médio, além de todas as outras informações) e todo digital.
Chassi e ciclística
A Hypermotard SP é montada sobre um quadro tubular de treliça e o seu entre-eixos ficou maior que na versão anterior. Agora são 1.505 mm contra 1.460 mm, o que aumentou a estabilidade em velocidades elevadas. Entretanto, em função de seu grande ângulo de esterço, a Hypermotard pode ser conduzida facilmente por meio do trânsito pesado. Mas, é em estradas sinuosas que ela realmente se destaca, principalmente pelos itens que a transformam na versão mais cara da linha. Composto por garfo dianteiro invertido pressurizado da Marzocchi com 185 mm de curso e link progressivo com monoamortecedor traseiro Öhlins de 175 mm, o conjunto de suspensão influencia diretamente na altura da motocicleta. O comportamento e a resposta do conjunto são excelentes, absorvendo bem as impressões do solo.
Apesar de toda sua altura, a “SP” deita nas curvas feito uma superesportiva, graças a suas rodas de alumínio forjado de três pontas da marca Marchesini e seus pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP de medidas 120/70-17 na frente e 180/55-17 atrás. O uso destes componentes top de linha não só deixaram a Hypermotard SP quatro quilos mais leve, (com um total de 194 kg em ordem de marcha), como também melhoraram seu desempenho.
Para fazer jus ao seu lado esportivo, essa supermotard ganhou freios iguais aos da prima superesportiva Panigale 1199. Na dianteira, dois discos de 320 mm de diâmetro mordidos por pinças monobloco Brembo de quatro pistões fixadas radialmente e, na roda traseira, disco único de 245 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo. Mas cuidado para não exagerar na dose, pois acionar o manete direito com muita vontade faz com que a frente afunde demais.
As supermotards em geral despertam a criança que existe dentro de nós e garantem muita diversão. Mas, a Hypermotard SP vai além. Ela consegue atiçar os sentidos mais primitivos de um homem. Francamente, é difícil se controlar e ser civilizado aos comandos da Hypermotard SP. O piloto tem ter muito autocontrole para se manter dentro dos limites da lei. E não só por seu desempenho, mas também por sua posição de pilotagem com características típicas de motos off-road.
Agora o piloto vai com os cotovelos abertos, e senta-se no mesmo nível do tanque de gasolina, perto do centro da motocicleta, corrigindo outra reclamação do modelo anterior: pois o piloto era obrigado a sentar-se quase em cima da roda dianteira, tornando a pilotagem muito mais difícil e radical. O condutor continua posicionado de forma agressiva, mas agora com mais controle sobre a motocicleta.
Novo motor e eletrônica
A primeira mudança que se nota ao olhar para a nova Ducati Hypermotard SP, depois do visual, claro, é a presença de um grande radiador à frente do motor. O novo propulsor Testatretta 11°, um bicilíndrico em L de 821 cm³ e arrefecimento líquido, tem o tradicional comando desmodrômico de válvulas e é capaz de gerar 110 cavalos de potência e 9,1 kgf.m de torque máximo.
Auxiliado por um acelerador eletrônico Ride-By-Wire, no qual basta apenas um leve giro no manete para uma ótima resposta, o novo propulsor traz o Ducati Safety Pack. Esse “pacote de segurança da Ducati” oferece três modos de pilotagem pré-programados: Race, Sport e Wet, nos quais os níveis do ABS e do controle de tração são ajustados em quatro e nove posições (respectivamente), incluindo desligado. Há ainda a opção para o piloto modificar manualmente cada configuração via botões nos comandos de punho esquerdo.
Mesmo utilizando o modo Race (exclusivo da versão SP), que deixa o controle de tração no nível 2, pouco intrusivo, e o ABS no nível 1, que desliga o sistema na traseira – não sentimos o controle de tração entrar em ação. Se você, ao pilotar nas ruas e até mesmo nas estradas, fizer o controle de tração entrar em funcionamento, isso significa que sua tocada é, no mínimo, insana.
Conclusão
A Hypermotard SP é uma moto que se você rodar pouco e descer dela, provavelmente não vai gostar muito. As italianas em geral não são simples de pilotar e essa máquina não é exceção. No começo a embreagem – bastante leve, mesmo com acionamento mecânico - parece sensível demais, assim como o acelerador. A posição de pilotagem é de uma moto de enduro e a entrega de potência e o torque estúpido assustam até os mais experientes. Entretanto, depois de algumas horas, o piloto já está sob controle da máquina, cuja proposta é apaixonante. Uma versão ainda mais apimentada de uma motocicleta extremamente “caliente”, com sangue latino.
Por outro lado, será que os componentes de alto nível e os R$ 12.910 a mais que o modelo Standard realmente valem a pena? Se o piloto não utilizar os ajustes disponíveis no conjunto de suspensão e configurar para cada tipo de uso, ele mal notará os 4 kg a menos da versão SP (em comparação com a standard) e não conseguirá tirar o máximo proveito das peças da Marzocchi e Öhlins, neutralizando seus grandes diferenciais.
Pelo preço pedido pela Ducati Hypermotard SP, R$ 64.900, é possível comprar outras belas motocicletas, de diferentes estilos e marcas. No entanto, quem pilotou uma jamais esquece a sensação de estar aos comandos dessa máquina. Ela é forte, ágil, versátil, e cara. Mas, acima de tudo, é muito divertida. Une a agressividade de uma off-road com o desempenho de um superesportiva média. Afinal, tem 110 cavalos de potência, 9,1 kgf.m de torque e muita disposição para curvas. A Hypermotard SP traz à tona a insanidade que todos temos dentro de nós e pilotá-la sem ao menos dar uma “empinada” é a mesma coisa que comer manga e não se lambuzar.
FICHA TÉCNICA Ducati Hypermotard SP
Motor dois cilindros a 90° com 8 válvulas, comando desmodrômico e arrefecimento líquido
Capacidade cúbica 821cm³
Diâmetro x curso 88 x 67,5 mm
Taxa de compressão 12,8 : 1
Alimentação Injeção eletrônica
Potência máxima (declarada) 110 cv a 9.250 rpm
Torque máximo (declarado) 9,1 kgf.m a 7.750 rpm
Câmbio Seis marchas
Embreagem multidisco em banho de óleo com acionamento mecânico
Transmissão final corrente
Partida Elétrica
Quadro Treliça tubular em aço
Suspensão dianteira Garfos telescópicos invertidos e pressurizados Marzocchi Kayaba com tubos de 50 mm totalmente ajustável
Suspensão traseira Monoamortecedor Öhlins fixado por links totalmente ajustável
Curso roda dianteira/traseira 185 mm/175 mm
Freio dianteiro Disco duplo de 320 mm de diâmetro com pinça Brembo monobloco fixada radialmente e ABS
Freio traseiro Disco simples de 245 mm de diâmetro e pinça dupla com ABS
Pneus 120/70-17 (diant.)/ 180/55-17 (tras.) Pirelli Scorpion Trail
Comprimento 2.110 mm
Largura 860 mm
Altura 1.220 mm
Distância entre-eixos 1.505 mm
Altura do assento 890 mm
Peso em ordem de marcha 194 kg
Peso a seco 171 kg
Tanque de combustível 16 litros
Cores Branca, vermelha e preta no estilo Ducati Corse
Preço sugerido R$ 64.900,00
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