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Para ser mais acessível do que o PCX 150, vendido a partir de R$ 11.272, o Elite conta com motor monocilíndrico de menor capacidade, 124,9 cm³, arrefecido a ar e com desempenho mais modesto.
Oferece 9,4 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque de 1.05 kgf.m a 6.000 giros. Apesar dos números inferiores, o Elite 125 é mais leve do que o PCX (104 kg contra 124 kg a seco) e arranca praticamente junto com o campeão de vendas.
O câmbio CVT automático evita a “perda” de tempo na troca de marchas e facilita a vida dos iniciantes: basta acelerar que a transmissão continuamente variável se encarrega de transferir a força do motor para a roda traseira. Nesse primeiro contato, nas ruas da cidade litorânea de Santos (SP), o Elite mostrou-se esperto para o uso urbano e rapidamente atinge 60 km/h. A partir daí a velocidade cresce com mais morosidade, mas chega até os 100 km/h – não há uma limitação de velocidade máxima como havia no antigo Lead 110.
Mas, assim como o Lead, o novo scooter de 125cc utiliza rodas pequenas: 12 polegadas, na dianteira, e 10, na traseira. A configuração impõe algumas limitações e o Elite exige cuidado ao encarar ruas muito esburacadas e tampas de bueiros desniveladas. É preciso desviar de buracos mais profundos e controlar a velocidade nessas situações.
Confira aí no vídeo do nosso teste como o scooter se comporta no trânsito.
Segundo medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia a pedido da Honda, o Elite percorreu 53,8 km/litro em trajeto exclusivamente urbano e 43,8 km/litro em percurso misto (cidade e estrada). Com tanque de 6,4 litros, a autonomia do Elite pode chegar a 300 km.
Praticidade e segurança
Por falar no tanque de combustível, no Elite ele ocupa uma boa parte do espaço sob o assento. Diferentemente do antigo Lead 110, que tinha o tanque na plataforma sob os pés, a capacidade de carga é bem menor: 20 litros e 10 kg. O espaço comporta apenas um capacete aberto ou uma pequena mochila. Se for carregar muita coisa, o consumidor terá de investir em um baú, vendido separadamente, mas que pode ser instalado diretamente sob o bagageiro traseiro, que é incorporado às alças da garupa.
No quesito praticidade, o Elite 125 ainda oferece dois porta-objetos abertos no escudo frontal e um gancho para carregar uma sacola apoiada na plataforma para os pés. Mas conta com a facilidade de se abrir o banco no miolo da chave de ignição, que tem sistema “shutter key”, que bloqueia a entrada da chave.
Um painel digital simples, porém, de fácil leitura mesmo sob o sol, informa velocidade, marcador de combustível, relógio, um hodômetro total e tem luzes de advertência. Enquanto piscas e lanterna traseira usam lâmpadas convencionais, o farol e a iluminação diurna (DRL) são em LED, ajudando os outros motoristas a enxergar o pequeno scooter.
Também contribuem para a segurança os freios combinados, ou seja, ao apertar o manete direito do freio traseiro, 30% da força vai também para o dianteiro. E, embora seja a tambor na traseira e disco na dianteira, o sistema funcionou bem quando exigido.
Mercado
O Elite vem mesmo para disputar mercado com o Yamaha Neo 125. Motorização, proposta e design são semelhantes, mas o scooter da Yamaha usa rodas maiores, de 14 polegadas.
O novo scooter da Honda foi feito para quem vai percorrer trajetos curtos, dentro da cidade. De acordo com essa proposta, seu conjunto motriz não empolga, mas dá conta do recado e promete ser econômico. A facilidade de pilotagem, o assento baixo (a 772 mm do solo) e o peso de 104 kg também são bons argumentos para atrair quem está se iniciando no mundo das duas ou quer fugir do trânsito e do transporte público.
O Elite 125 é originário da Tailândia, mas é montado em Manaus (AM). O scooter é vendido em quatro opções de cores – azul, branca, preta e vermelha – e tem três anos de garantia com sete trocas de óleo grátis.
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