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Claro que ao longo dessas nove décadas, tanto o propulsor boxer como o conjunto ciclístico se modernizaram. O motor cresceu. Agora tem 1.170 cm³ de capacidade com duas velas por cilindro. Alimentado por injeção eletrônica produz 110 cavalos de potência máxima a 7.750 rpm – bem mais que os 8,5 cv da R32 com seu boxer de 486 cc da década de 20.
A atualização no conjunto de suspensões é ainda maior. Em vez do garfo com mola da primeira BMW, essa R 1200 R Classic utiliza a inusitada suspensão Telelever (único conjunto amortecedor-mola central com os garfos sendo apenas guias), na dianteira. E na traseira, onde a R 32 era “rabo-duro”, a clássica naked usa o sistema Paralever, no qual o monobraço traz incorporado também o eixo-cardã.
Para garantir o visual clássico, a BMW preferiu adotar rodas raiadas nessa versão Classic em substituição às de liga-leve da R 1200 R convencional, que não é vendida por aqui. Mas não se esqueceu de um toque de modernidade: apesar dos raios, a roda é calçada com pneus sem câmara Metzeler Interact Z8, nas medidas 120/70-17, na dianteira, e 180/55-17, na traseira.
Clássica
Visualmente, a R 1200 R Classic também aposta na sua simplicidade clássica para agradar. Claro que a beleza está nos olhos de quem vê, mas foi difícil encontrar alguém que não a considere uma bela moto. Talvez a R 1200 R agrade a muitos justamente pela sua simplicidade: um farol, motor, rodas, tanque, assim básico, minimalista, no melhor estilo naked, que a BMW insiste em classificar como roadster. Talvez porque com o fôlego dessa mais recente versão do motor boxer, a R 1200 R pode facilmente devorar quilômetros e mais quilômetros de estrada.
A excelente caixa de câmbio com seis marchas – com a sexta over-drive – permite aproveitar muito bem o farto torque do propulsor que atinge seu pico 12,14 kgf.m a 6.000 rpm. Mas não se engane, bem antes disso, a 2.000 giros já há força suficiente para arrancar com a moto. No geral, em uma viagem, por exemplo, pode-se engatar a sexta marcha e se esquecer do câmbio: ao menos que o trânsito a sua frente pare, não será precisar reduzir.
A posição de pilotagem segue a mesma filosofia clássica. Típica das nakeds, o piloto vai bem ereto e com as pernas levemente flexionadas. O generoso banco garante conforto para as viagens, tanto para o piloto como para a garupa.
Claro que por se tratar de uma naked, sem proteção aerodinâmica, rodar em altas velocidades pode incomodar o piloto na estrada. Mas, pelo menos, até 120 km/h, limite das rodovias, o vento não é um problema. E acima disso, mantém a estabilidade, um dos pontos fortes do modelo.
Como também não será um empecilho para essa naked uma rodovia sinuosa. As suas suspensões, apesar de visar o conforto, proporcionam segurança para contornar curvas mais abertas. No início, o peso do motor e também dos inusitados sistemas de suspensão (somando em ordem de marcha 223 kg) podem assustar um pouco e fazem o conjunto dianteiro demonstrar a tendência de “esparramar” nas saídas de curvas. Entretanto, depois de algumas curvas e muitos quilômetros, logo se ‘pega o jeito’ para se divertir com a R 1200 R. Já em curvas mais fechadas e mudanças de direção, o peso extra prejudica um pouco a agilidade dessa naked.
Consumo e equipamentos
Com o tanque de 18 litros e o consumo de 18 km/l indicado pelo computador de bordo do clássico painel – dois mostradores analógicos (velocímetro e conta-giros) ladeiam uma pequena tela de cristal líquido – a autonomia superaria os 300 km, um número bom para o segmento, mesmo para quem quer viajar. Na cidade, esse consumo foi ainda mais baixo de 16 km/l.
Porém cabe aqui uma crítica, o computador de bordo da versão Classic é simples demais, indica apenas consumo médio, instantâneo, velocidade média e autonomia. Também não há muitos outros equipamentos nessa versão: essa R 1200 R Classic não traz as suspensões eletronicamente ajustável e nem o controle de tração (ASC). Uma pena, pois foi esse modelo, em 2006, a primeira motocicleta a ser equipada com um controle de tração de série.
Ao menos, os freios ABS são de série, talvez porque a BMW Motorrad da Alemanha decidiu, recentemente, equipar todos os seus modelos com freios mais seguros. Na R 1200 R o funcionamento é irrepreensível e o conjunto de freios é bom até demais. Acionar os dois discos do freio dianteiro com muita vontade parece arremessar o piloto para frente, ainda bem que a suspensão Telelever conta com sistema anti-mergulho para evitar que a frente afunde demais.
Pode até parecer exigência demais cobrar controle de tração em uma bela naked como essa BMW R 1200 R. Mas a única justificativa aceitável para que uma motocicleta cotada a R$ 61.500 não venha com tal opcional seria a intenção de deixá-la um pouco mais clássica. Afinal, o valor é elevado comparado a outras concorrentes do mesmo segmento – a MV Agusta Brutale 1090 RR, também importada, sai por R$ 58.900 com controle de tração.
Mas mesmo assim, a R 1200 R Classic é uma clássica naked, que presta uma justa homenagem à herança de 90 anos da BMW construindo motocicletas. Tão prazerosa de pilotar como é bonita de se ver.
FICHA TÉCNICA BMW R 1200 R Classic
Motor Dois cilindros opostos (boxer), 4 válvulas por cilindro e refrigeração mista
Capacidade cúbica 1.170 cm³
Potência máxima (declarada) 110 cv a 7.750 rpm
Torque máximo (declarado) 12,14 kgf.m a 6.000 rpm
Câmbio Seis marchas
Transmissão final eixo-cardã
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Tubular em aço
Suspensão dianteira BMW Telelever com 120 mm de curso
Suspensão traseira BMW Paralever com 140 mm de curso
Freio dianteiro Disco duplo de 320 mm de diâmetro com pinça de fixação radial e quatro pistões (ABS)
Freio traseiro Disco simples de 265 mm de diâmetro com pinça flutuante de dois pistões (ABS)
Pneus 120/70-17 (diant.)/ 180/55-17 (tras.)
Comprimento 2.145 mm
Largura 845 mm
Altura não disponível mm
Distância entre-eixos 1.495 mm
Distância do solo não disponível
Altura do assento 800 mm
Peso em ordem de marcha 223 kg
Tanque de combustível 18 litros
Cores Preta com faixa branca
Preço sugerido R$ 61.500
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