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Mas será que a vale a pena comprar um ciclomotor? Foi com essa dúvida que pegamos o pequeno Soft para realizar um teste. Devido a suas limitações, nenhum traçado específico foi escolhido, apenas realizamos nossa rotina a bordo do Soft 50 para confirmar se o pequeno ciclomotor nos ajudaria a economizar tempo e dinheiro.
Não foi à toa, que o lançamento do Soft 50 foi no Nordeste. Lá e na região Norte, os ciclomotores são uma alternativa interessante para se locomover nas cidades pequenas que, muitas vezes, não contam com transporte público. Mas em São Paulo as regras são um pouco diferentes. Qualquer via de grande porte da metrópole tem velocidade máxima superior à velocidade que o Soft 50 atinge – na via expressa da Marginal do Rio Pinheiros, por exemplo, o limite é 90 km/h. Com isso, chega a ser perigoso circular com o Soft 50 em Sampa.
Motor
Ônibus, caminhões e até scooters ultrapassam o cinquentinha como se fossem veículos velozes. Também seu desempenho é pífio: o motor monocilíndrico produz apenas 4 cv de potência máxima a 8.000 rpm e torque máximo é de míseros 0,35 kgf.m a 7.500 rpm. Tudo dentro de sua proposta – afinal, se os números fossem melhores o Soft 50 não seria um ciclomotor. Por isso, o jeito é permanecer na faixa direita da pista e ficar atento ao retrovisor.
Por outro lado o consumo é impressionante e o usuário do Soft 50 com certeza gastará menos com gasolina do que com bilhetes de metrô. Ele chegou a fazer 48 km/l, o que concede uma autonomia de 168 quilômetros com seu tanque de 3,5 litros. Econômico, mesmo ainda sendo aloimentado por carburador.
Aliás, no frio outono paulistano isso se torna um problema. Perdi 15 minutos todas as manhãs antes de sair de casa, esperando que o motor do Soft 50 atingisse uma temperatura ideal de funcionamento. Todavia, o câmbio semiautomático, sem embreagem, facilita a vida do piloto em movimento.
Mas a grande questão é se o Soft 50 me ajudaria a ganhar tempo e economizar dinheiro? Sim. Gastei R$ 7,00 para completar o tanque e rodei por quatro dias – se fizesse o mesmo percurso de metrô, gastaria R$ 11,60 por dia. Com paciência e respeitando os limites do próprio Soft 50, pude realizar todas as minhas atividades em diferentes pontos da capital. Mesmo que tenha sido obrigado a “pedalar” em algumas subidas mais íngremes, já que o ciclomotor não tinha força suficiente para “carregar” meus 90 kg morro acima.
Design e ergonomia
Muito parecido com uma CUB Win 110, o design do Soft 50 agrada. Com bauleto de fábrica, este ciclomotor tem um visual moderno e condizente com a sua proposta. A posição de pilotagem é confortável e não cansa o piloto, principalmente por ter um guidão estreito, que lhe credencia a entrar em qualquer corredor.
Freios e suspensões também atendem às necessidades do Soft. Como a velocidade é muito baixa, no máximo 45 km/h, buracos são facilmente evitados e uma freada brusca é improvável, então os tambores em ambas as rodas e o conjunto de suspensões — garfo telescópico convencional, na dianteira, e bichoque, na traseira — estão de acordo com sua proposta urbana.
Já o perfil do pneu dianteiro poderia ser revisto pela montadora. Lembra os utilizados nas motos de 125cc da década de 70. Em pisos irregulares, o pneu compromete a dirigibilidade e a estabilidade do Soft 50.
O painel de instrumentos está equipado com marcador de combustível e indicador de marchas. O Kasinski Soft 50 ainda tem partida elétrica e a pedal e está disponível nas cores vermelha e preta. O ciclomotor da Kasinski começou a ser comercializado em fevereiro e tem preço público sugerido de R$ 3.490.
Conclusão
Respondendo à questão inicial, se vale a pena adquirir um Soft 50. A resposta é: depende. Conversei com muitas pessoas em pontos de ônibus e metrôs de São Paulo e a opinião é unânime: entre depender de um transporte público diariamente e ter um veículo que, mesmo com lentidão, lhe permita realizar a rotina com mais autonomia, todos optaram pela liberdade. Além da economia de tempo e dinheiro, o motociclista também tem que avaliar o percurso em que usará o Soft 50.
Para quem vive em uma cidade pequena e plana, o ciclomotor da Kasinski é uma alternativa interessante. Mesmo para o paulistano mais “pilhado” um ciclomotor pode adiantar o dia a dia, basta que os caminhos sejam pensados e rotas alternativas passem a fazer parte do seu itinerário.
Agora, se for trafegar por grandes avenidas com diversos veículos grandes e apressados, economize um pouco e opte por uma opção mais segura para sua locomoção diária. Pois neste caso, tamanho é documento!
Ciclomotor não é moto
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, ciclomotor é um veículo de duas ou três rodas, com motor de combustão interna, cuja capacidade cúbica não ultrapasse 50 cm³ e a velocidade final não exceda os 50 quilômetros por hora. Para conduzir um ciclomotor, o piloto deve ter Carteira Nacional de Habilitação ou uma Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), e ter no mínimo 18 anos. Isso porque, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), “o condutor precisa ser penalmente imputável perante a lei”. Ou seja, estar apto a responder a justiça por tudo que for de responsabilidade dele.
“Para a condução de qualquer veículo automotor é exigido que o condutor tenha 18 anos”, reforça Moacyr Alberto Paes, diretor executivo da Abraciclo, associação dos fabricantes do setor de duas rodas. A habilitação precisa ser da categoria A, que autoriza o piloto a conduzir motocicletas, motonetas e ciclomotores. Todavia, a legislação abre uma exceção aos ciclomotores. “No caso específico do ciclomotor, o condutor deve se submeter a um exame para obtenção do ACC – Autorização para Conduzir Ciclomotores”, completa Moacyr.
Mercado de ciclomotores
Muitas marcas estão apostando no crescimento do mercado de ciclomotores, um meio de locomoção barato e econômico, bastante popular nas regiões mais carentes do País. No segmento, a Dafra oferece o Super 50, vendido a R$ 3.490,00. Lançado em agosto de 2010, o Super 50 vendeu 6753 unidades até fevereiro deste ano. A Traxx também possui um ciclomotor. O Traxx Star 50 é comercializado por R$ 3.456,00 e, segundo dados da Abraciclo, vendeu 24.175 unidades para o atacado em 2010. E por último, a Kasinski lançou em 22 de fevereiro, o Soft 50 de olho nesse crescente mercado. Com projeção de vendas de 8.750 unidades para 2011, o mais novo modelo da Kasinski tem preço público sugerido de R$ 3.490,00.
Ficha Técnica Kasinski Soft 50
Motor Quatro tempos, monocilíndrico, arrefecido a ar
Capacidade cúbica 49,5 cm³
Diâmetro x curso 39 x 41,4 mm
Potência máxima 4 cv a 8.000 rpm
Torque máximo 0,35 kgf.m a 7.500 rpm
Câmbio semiautomático de quatro velocidades
Transmissão final Corrente
Alimentação Carburador PZ 14
Partida Elétrica e pedal
Suspensão Dianteira Telescópica Convencional
Suspensão Traseira Balança bichoque
Freio Dianteiro Tambor
Freio Traseiro Tambor
Pneus 2.50 /17 (diant.)/ 2.75/17 (tras.)
Comprimento 1.920 mm
Largura 680 mm
Altura 1.060 mm
Distância entre-eixos 1.230 mm
Distância do solo 120 mm
Peso a Seco 90 kg
Tanque de combustível 3,5 litros
Cores Vermelha e preta
Preço sugerido R$ 3.490,00
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