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Esse carro é um dos ícones da indústria automobilística mundial isso ninguém nega. Agora, se ver um dos clássicos dos anos 60 e 70 andando aqui pelo Brasil já é difícil, quanto mais um dos novos modelos da 5ª geração, lançada em 2005. Se for conversível então, nem se fale. Por isso, essa nossa reportagem é especial. Andamos num Ford Mustang GT V8 4.6 litros, com 300 cavalos de potência máxima. E já que o carro é tão especial e como nossa reportagem foi realizada próximo ao Dia Internacional da Mulher, 08 de março, resolvemos fazer uma homenagem a todas as... mulheres!!! A nossa convidada para participar na reportagem e poder andar no Mustang é a cantora Duda Monteiro.
Mulheres x Carros
Algumas montadoras afirmam, através de pesquisas, que a mulher brasileira adquire aproximadamente 50% dos veículos novos, exerce uma influência de 80% nos negócios efetivamente realizados e, ainda, representa 46% de todos os serviços prestados nas oficinas mecânicas das redes de concessionárias.
História
O Ford Mustang é um carro esportivo da Ford. Apresentado ao público pela primeira vez em 16 de abril de 1964, a primeira versão era um conversível branco com o interior em vermelho. Por isso a emoção de andar em um novíssimo conversível do modelo.
De acordo com alguns fãs do bólido, que viveram o seu lançamento nos EUA, na noite de sua apresentação, boa parte dos telespectadores americanos foi surpreendida por um anúncio veiculado nas três grandes redes de TV. O comercial magnetizou a atenção e perturbou o sono de muita gente. As imagens de lançamento do Mustang motivaram, na manhã do dia seguinte, uma corrida de milhares de pessoas aos revendedores Ford espalhados pelo país. O dono de uma loja de Chicago se viu obrigado a trancar as portas dos modelos expostos para evitar que alguém se ferisse na batalha para conhecer o interior dos carros. Consta que no Texas a última unidade da vitrine de uma revenda foi ferozmente disputada por 15 clientes. E o vencedor teria dormido dentro do carro até que seu cheque fosse descontado no dia seguinte. Exageros à parte, o fato é que o modelo pequeno, leve e esportivo - uma nota destoante em um mercado dominado por sedãs grandes e sisudos - e que custava menos que os "concorrentes" agradou em cheio. Nada menos que 22000 deles foram vendidos apenas no primeiro dia.
Mecânica
A 5ª geração foi lançada em 2005 e tem duas opções de carroceria: Coupé 2 portas e conversível 2 portas. As opções de motorização são: 4.0 V6 12v SOHC - 210cv a 5250 rpm e GT 4.6 V8 24v OHV - 300cv a 5750 rpm. O nosso teste foi feito na versão mais apimentada, a GT Premium, com cambio mecânico de 5 marchas. Esse detalhe do câmbio nos fez perder o fôlego por muitas vezes, forçando o controle de estabilidade a controlar a traseira em vários momentos, afinal estávamos na rua e não podíamos “brincar” demais.
Estética clássica
O longo capô, a traseira curta e a caída acentuada do teto do novo Mustang são bem familiares, bem como as lanternas de três seções, na traseira, e o cavalo galopante no centro da grade dianteira, detalhes que estiveram presentes nas diferentes variações do modelo. Internamente, o volante de três raios, o contorno do painel, o console central e os mostradores com frisos cromados são pura nostalgia. É como se os designers tivessem tirado o molde do interior da versão fabricada em 1967 e copiado até o grafismo dos números do velocímetro. Bem que poderiam ter respeitado um pouco mais a tradição no que diz respeito ao acabamento e usado materiais de melhor qualidade, principalmente no que diz respeito à textura.
Potência máxima
O motor de versão testada é um V8 4.6, com bloco de alumínio, que tem um ronco encorpado e rende absurdos 300 cavalos, 40 a mais que o V8 que equipava a geração anterior. Segundo a fábrica, o novo Mustang V8 acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos, enquanto o antigo faria isso em 6,3 segundos. Essa diferença não importa muito a bordo do carro como passageiro ou “piloto”. Quem pôde provar isso é a nossa convidada, Duda Monteiro. Basta ver seu espanto quando aceleramos “quase tudo” que o Mustang pode dar. Infelizmente, não foi possível tirar tudo do carro, já que andamos somente nas ruas de Campo Grande.
Ao volante
De acordo com números oficiais, a rigidez torcional aumentou 31%, o que deixou o Mustang mais confortável e seguro, com sua cabine configurando uma célula de sobrevivência para seus ocupantes. Ao volante, a diferença é nítida. O Mustang ficou mais firme, equilibrado e obediente aos comandos. A suspensão modificada também dá sua contribuição à dirigibilidade. Na frente, o conjunto McPherson ganhou uma calibragem mais dura e, na traseira, o sistema de eixo rígido conta com barra Panhard. Como resultado, pode-se afirmar que, para os padrões americanos, o atual Mustang é um carro duro, mas ficou mais esportivo. A direção é leve, característica bem-vinda, uma vez que o volante, de plástico, é áspero no contato com as mãos. Os freios a disco nas quatro rodas responderam bem quando solicitados e seu uso foi tão suave durante nosso test drive que o sistema ABS nem chegou a entrar em operação.
Tudo isso é facilmente notado por quem entende de carros, mas aos leigos o mais importante é andar num clássico muito vivo e ainda mais com os cabelos ao vento, no nosso caso.
Assim como o New Beetle, lançado em 1998, o novo Mustang deve agradar boa parcela de consumidores saudosistas que dirigiram o carro nos anos 60 ou tiveram algumas das legendárias versões, como a GT 500, de 1967, preparada por Carrol Shelby. Sendo mais fiel ao conceito da versão original, ele tem boas chances de reacender a velha paixão americana.
Ficha técnica
Motor
Dianteiro, longitudinal, V8, 3 válvulas por cilindro com comando variável
Cilindrada: 4606 cm3
Diâmetro x curso: 90,2 x 90 mm
Taxa de compressão: 9,8:1
Potência: 300 cv a 5750 rpm
Torque: 44,2 mkgf a 4500 rpm
Câmbio
Mecânico, 5 marchas, tração traseira
Carroceria
Peso: 1580 kg
Peso/potência: 5,3 kg/cv
Peso/torque: 35,7 kg/mkgf
Volumes: Porta-malas, 370 l; tanque de combustível, 60 l
Suspensão
Amortecedores hidráulicos, barra estabilizadora e molas Eibach esportivas
Dianteira: Independente, do tipo McPherson
Traseira: Eixo rígido, com três braços e barra Panhard
Freios
Hidráulicos, com disco ventilado nas 4 rodas
Direção
Hidráulica, do tipo pinhão e cremalheira
Rodas e pneus
Edição especial do Chip Foose, aro 20; 235/50 ZR20 na dianteira e 275/50 ZR20 na traseira
Principais itens de série
ABS, airbags, ar-condicionado, bancos de couro, CD player com disqueteira, trio elétrico, faróis de neblina, piloto automático, volante com ajuste de altura e banco do motorista com regulagem elétrica
Itens opcionais
Câmbio automático e sistema de iluminação do painel My Color
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