Brutale 800 inaugura line-up tricilíndrico da MV Agusta no Brasil

Na Itália, a Brutale 800 foi o primeiro modelo da MV Agusta a mostrar até onde a marca estava disposta a levar os motores de três cilindros, que debutaram nas versões de 675 cm³ da Brutale e da F3. Agora, a naked chega ao Brasil montada pelo sistema CKD na fábrica da Dafra, em Manaus (AM), por R$ 47.000 e com o mesmo papel: abrir caminho para a família, que também terá a superesportiva F3 800 e a motard Rivale 800.

O design traz muito da Brutale 1090, já conhecida do público brasileiro. As linhas do tanque de 16,6 litros com entradas de ar, as aletas que protegem o radiador e o farol em forma de gota são itens herdados de sua irmã maior, assim como o monobraço que segura a roda traseira. Já o escape, abre mão dos dois canos longos para adotar uma ponteira tripla mais curta, próxima ao quadro. As opções de cores são duas: vermelho metálico com prata e branco perolado com vermelho.

Naked peso-médio 

O motor, um três cilindros em linha de 798 cm³, é a maior novidade da marca italiana no País, antes conhecida pelos potentes tetracilíndricos. Capaz de gerar até 125 cv a 11.600 rpm e torque máximo de 8,25 kgf.m a 8.600 giros, é o mesmo que equipa a família de 675 cc na Europa e mantêm o mesmo diâmetro de 79 mm. Porém, com curso do pistão aumentado para 54,3 mm. 
Como uma boa naked peso-médio, a Brutale 800 tem dimensões sem exageros que favorecem o uso urbano, como o comprimento de 2.085 mm, a largura de 725 mm e, principalmente, a distância entre-eixos de 1.380 mm. O assento, com altura de 810 mm, também promete ser um forte aliado para os pilotos de menor estatura.

Montada sobre um quadro em treliça de alumínio, a nova MV Agusta pesa 167 kg a seco e traz garfo dianteiro invertido Marzocchi ajustável no retorno e pré-carga da mola. Já o monobraço traseiro tem um único amortecedor Sachs também ajustável no retorno e pré-carga. Ambas suspensões oferecem 125 mm de curso.

Nos freios, dois discos flutuantes de 320 mm de diâmetro mordidos por pinças radiais Brembo de quatro pistões equipam a roda dianteira. Já a frenagem traseira da roda fica a cargo do disco único de 220 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo também da grife italiana. O sistema ABS é de série.

Italiana completa

Além dos freios antitravamento (ABS), a nova naked de Varese traz muita eletrônica embarcada. O cardápio inclui quatro modos de pilotagem, acelerador eletrônico (ride-by-wire) e controle de tração com oito níveis de ajuste, além do câmbio com assistência eletrônica EAS.

A tecnologia é um diferencial em relação à suas principais concorrentes, que partilham com ela apenas o ABS. No entanto, seu preço de R$ 47.000 ainda é bem superior ao de outras nakeds de capacidade cúbica semelhante como, por exemplo, a Kawasaki Z800 (R$ 39.390), a BMW F 800 R (R$ 36.900) e a também italiana Ducati Monster 796 (R$ 37.900). 

Todavia, a concorrência enfrentada pela Brutale 800 não deve se repetir para suas irmãs, previstas para chegar ao País até o final do ano no mesmo regime de montagem. Enquanto a supermotard de design exótico Rivale 800 deve encarar a Hypermotard da Ducati, a F3 800, superesportiva com as mesmas linhas da F4 deve reinar sozinha ocupando a lacuna entre as superbikes de 600 e 1000cc.