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Mas alguém fez a lição de casa muito bem nessa pandemia. Estamos falando da Fiat. Enquanto a linha de montagem do Onix em Gravataí (RS) continua parada desde março, a marca italiana está a todo vapor em Betim (MG). Com novidades como o novo SUV Pulse, nova Toro e nova Strada, a Fiat mostrou que se preparou para esse momento da pandemia.
A readequação da linha incluiu também a alteração dos velhos conhecidos. A meta era reduzir custos de produção e ao mesmo tempo entregar carros mais alinhados aos desejos do cliente. O Argo Trekking encaixa-se nesse raciocínio: muito mais barato de ser lançado do que um modelo 100% novo e mais atraente para quem ainda não pode comprar um SUV.
Há também a linha S-Design de Argo e Cronos, que entrega um visual renovado e mais equipamentos com poucas modificações na produção. E todo nós sabemos que carros mais equipados significam maior margem de lucro para a empresa.
Até o antes rejeitado Mobi passou pela autoanálise. Ganhou mais itens de série e perdeu a preocupação de ser o automóvel mais barato do Brasil. A resposta veio logo: ele que era o 15ª mais vendido ao final de 2020 passou a ser o terceiro do mercado.
Enquanto fabricantes reduziram seus pedidos aos fornecedores, a Fiat manteve boa parte dos planos. Otimista, a empresa acreditava que o mercado se recuperaria e viu na crise uma oportunidade. E isso tudo deu certo.
Mas, os tais “carros populares” não estão mais entre os zero km. Um carro bom hoje em dia, passa fácil dos R$ 70 mil. Assim, os seminovos ganharam mais destaque. O mercado está tão aquecido para eles, que até nas concessionárias eles tomaram conta dos show room vazios sem os carros novos.
Hoje em dia, um bom carro com dois anos de uso, não fica mais de 30 dias anunciado em sites ou lojas especializadas. Tudo isso porque o brasileiro gosta de trocar de carro. É sinal de status e, cá entre nós, é bom trocar um veículo antigo por um mais novo.
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