O Brasil está prestes a receber um novo modelo da família Tiger. Com vendas previstas para maio, a Tiger Sport chegará ao País já nacionalizada nas cores vermelha e branca por R$ 43.900, segundo a concessionária carioca da marca inglesa, a Rio Triumph. No entanto, diferente dos modelos lançados até agora, a Tiger Sport deixa a proposta off-road de lado para apostar em um estilo mais próximo ao de uma sport-touring, com configuração planejada unicamente para o asfalto e ergonomia que convida o piloto a realizar viagens longas.
A aparência é a primeira, mas não a única, diferença da moto em relação às suas irmãs já vendidas aqui. As linhas das carenagens laterais, que escondem as entradas de ar, formam, com o tanque – com 20 litros de capacidade –, um conjunto arredondado, enquanto as outras Tigers trazem um visual mais anguloso na mesma área. A dianteira também muda, uma vez que a esportiva faz uso de dois conjuntos ópticos separados, sendo que estes abrigam quatro lâmpadas embaixo de cada lente. O parabrisa também é mais largo, de modo a oferecer maior proteção aerodinâmica, uma característica do modelo que tem proposta claramente touring.
Na parte traseira, enquanto a lanterna pequena e simples, característica das bigtrails da marca inglesa, dá um toque de minimalismo, o uso do monobraço para segurar a roda traseira é responsável pela porção esportiva. A suspensão e a estilosa roda traseira “solta” do lado direito, aliás, são as únicas características realmente novas do modelo. As linhas da carenagem e o aspecto dos faróis são herança da última geração da Tiger 1050.
Irmã do meio
Mas não é apenas no quesito visual que a Tiger Sport se difere das outras da família. Equipada com um tricilíndrico de 1050cc capaz de gerar até 123,3 cv a 9.400 rpm de potência máxima e 10,6 kgf.m de torque máximo, que são obtidos já nos 4.300 giros, a moto chega como um ponto médio da família Tiger, entre as versões de 800 e 1200cc.
Os freios estão distribuídos em discos duplos flutuantes com 320 mm de diâmetro e pinça de quatro pistões na dianteira, enquanto a roda traseira emprega um disco único de 255 mm e pinça de pistão duplo. Ambas as rodas contam com o auxílio do sistema ABS de série.
Montada sobre um quadro de alumínio, a Tiger Sport traz suspensões Showa, que contam com a configuração invertida na dianteira (upside-down) e com curso de 140 mm. Enquanto o conjunto traseiro traz monoamortecedor e tem curso de 150 mm. Ambas são ajustáveis na pré-carga e compressão da mola. O peso da moto em ordem de marcha é de 235 kg.
No quesito ergonomia, a Triumph pensou nos pilotos de menor estatura, com o assento de 830 mm de altura. Amplo e largo, ele proporciona conforto para viagens. Viagens feitas unicamente pelo asfalto, diga-se de passagem. Pois os pneus Pirelli Angel GT de medidas 120/70 R17 na dianteira e 180/55 R17 na traseira desencorajam experiências off-road.
Rival veterana
Embora traga os freios ABS de série e computador de bordo com informações mostradas em um display de LCD, a Tiger Sport abre mão de equipamentos eletrônicos comuns na atualidade. Controle de tração, portanto, não foi incorporado à moto, que traz como diferencial apenas o sistema de monitoramento de pressão nos pneus.
Em termos de mercado, o modelo da Triumph já tem uma concorrente com mais tempo de vendas, inclusive: a Kawasaki Versys 1000. Por R$ 49.990, a bigtrail de um litro da marca japonesa traz motorização parecida – um quatro cilindros em linha de 1043 cm³ - e também conta com os freios ABS. Porém, com controle de tração. Teremos uma “briga” boa nas concessionárias ao que tudo indica.