Sucesso de vendas na Europa e na Ásia, os scooters eram até então “ignorados” pela Kawasaki. Eram. Afinal, em novembro passado, durante o Salão de Milão 2013 a fábrica japonesa, famosa por suas motos Ninja, resolveu finalmente estrear nesse segmento marcado mais pela praticidade do que pela esportividade. Com o lançamento do J300, a Kawasaki entra oficialmente na briga pela preferência dos fãs dos scooter, por enquanto, no mercado europeu.
“A Kawasaki está muito empolgada em oferecer uma nova opção para as necessidades de mobilidade dos nossos clientes”, declarou Yasushi Kawakami, Diretor Geral da Kawasaki Motors Europe. “Como primeiro scooter no mercado europeu, o J 300 mostra nossa visão das necessidades pessoais de locomoção. Agora, os revendedores Kawasaki podem oferecer uma linha completa de veículos de duas rodas”, completou Kawakami, confirmando que o lançamento do J300 foi uma necessidade do mercado europeu.
Design esportivo
Criadora de belas máquinas, como a naked Z 800 e a esportiva Ninja 300, a Kawasaki também caprichou no desenho do seu scooter. O J300 tem linhas angulosas na sua carenagem, um conjunto óptico duplo e uma bela lanterna traseira com LEDs, que lembra bastante as utilizadas nas motos mais esportivas da marca. Apesar de ser uma estreia no segmento de scooters, o novo J 300 traz uma identidade visual que, claramente, remete às motocicletas Kawasaki.
Porém, o motor monocilíndrico de exatos 299 cm³ é completamente novo e inédito na linha Kawasaki. Com refrigeração líquida, injeção eletrônica e comando simples das quatro válvulas no cabeçote (SOHC), o propulsor produz 27,6 cv de potência máxima a 7.750 rpm e torque de 2,9 kgf.m a 6.250 rpm. Condizente com a capacidade do motor e a proposta do J300. O câmbio também segue a receita tradicional dos scooters com Transmissão Continuamente Variável, conhecido como CVT.
Ciclística
Assim como na parte motriz (motor e transmissão), na ciclística, a fábrica de Akashi recorreu ao seu parceiro taiwanês, a Kymco, famosa por seus scooters. De acordo com comunicado da empresa, esses elementos chaves foram aproveitados da Kymco, porém com o design, desenvolvimento e toques finais dos engenheiros japoneses.
Por isso, o quadro tubular em aço não é grande novidade no segmento de scooters. O refinamento Kawasaki fica por conta da suspensão traseira bichoque com cinco regulagens na pré-carga da mola e o garfo telescópico dianteiro com tubos de 37 mm de diâmetro. Com curso de 100 e 110 mm, respectivamente.
O J 300 traz rodas de dimensão média – 14 polegadas na dianteira e 13, na traseira – calçadas com pneus 120/80 (diat.) e 150/70 (tras.). Os freios são outra assinatura Kawasaki: em forma de pétala como nas motos maiores, os discos simples nas medidas 260 mm, na frente, e 240 mm, atrás, têm pinças duplas. E com a opção de ABS. Outro diferencial são os manetes de freio ajustáveis, item pouco usual em um scooter.
Praticidade
Como todo bom maxi scooter, o Kawasaki J 300 não esquece das praticidades que fazem o sucesso do segmento. Feito para usuários urbanos, o J 300 traz espaço sob o banco para um capacete fechado e uma pequena maleta, além de porta-luvas. A novidade vai pra tomada 12V que permite ligar um GPS ou recarregar o celular.
Disponível nas cores preta e prata, o J 300 deve chegar às lojas em meados deste ano. Ainda sem preço definido, a Kawasaki afirma que o maxi scooter foi projetado exclusivamente para o mercado europeu. Mas tendo em vista o crescimento desse segmento no Brasil, bem que a empresa poderia mudar de ideia no futuro.