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Fiat Fiorino 2014 chega à rede por R$ 38.540

09/12/2013 - 15:17 - Automotive Business - Fotos: Divulgação Fiat

As concessionárias Fiat já vendem o Fiorino 2014, mostrado pela primeira vez em outubro, durante a Fenatran. A nova geração trocou o motor 1.3 pelo 1.4 Evo, que produz até 88 cv de potência quando abastecido com etanol. O modelo tem preço sugerido de R$ 38.540, apenas R$ 500 a mais que a versão antiga, apesar de ter agora airbags e freios com ABS como itens de série.

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De janeiro a novembro deste ano foram emplacadas pouco menos e 12 mil unidades da versão antiga do utilitário, mas a Fiat quer agora o dobro disso: “Esperamos vender 24 mil unidades por ano”, afirma o diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos. Esse crescimento resultará não apenas do fator novidade, mas também da saída da Volkswagen Kombi do mercado: “Nenhum fabricante tem potencial como o nosso para pegar mais clientes dela”, diz Ramos, referindo-se ao Fiorino e ao Doblò. 

Nascido em 1980 como derivado do Fiat 147, esse comercial leve se aproxima de 1 milhão de unidades produzidas. “Ao lado da picape Strada, ele nos ajudou a manter a liderança de mercado em comerciais pelo 12º ano consecutivo”, recorda o diretor comercial.  

A versão antiga foi exportada para mais 40 países e a partir do início de 2014 começam os embarques do novo modelo, já que o antigo saiu de linha. Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai são mercados potenciais para o modelo. O mercado externo poderá representar uma boa ajuda extra, já que a exportação de comerciais leves cresceu 32,5% no acumulado até novembro em relação ao mesmo período de 2012. No mercado interno, essa alta foi menor, 4,7%.

Projeto envolveu 357 engenheiros

Segundo a Fiat, o novo Fiorino exigiu o trabalho de 357 engenheiros durante um ano e meio. “Foram 513 mil horas de engenharia e 93 mil horas de testes”, afirma o diretor de design de produto da Fiat Chrysler, Claudio Demaria. 

O carro está 20 centímetros mais longo, 2,1 cm mais largo e 2,7 cm mais alto, mas houve uma pequena redução no compartimento de carga, cujo volume baixou de 3,2 mil para 3,1 mil litros. “Tivemos de privilegiar a aerodinâmica para aumentar a eficiência do carro”, diz o executivo. 

Essa “melhora em eficiência” também implicou o uso de pneus verdes (Pirelli Chrono 175/70 R14). Como resultado, consumo de combustível baixou 3,6% e o utilitário Fiat recebeu letra A. De acordo com a etiqueta do Conpet, com etanol ele faz 7,5 km/l na cidade e 8,4 km/l na estrada. Com gasolina, esses números sobem, respectivamente, para 11 km/l e 12,2 km/l. 

Segundo Demaria, a suspensão utilizada vem da picape Strada e a Fiat reduziu ruídos do Fiorino com a utilização de novos materiais fonoabsorventes, isolantes acústicos e elastômeros. O projeto atualizado teve a altura do assoalho reduzida de 64 para 50,6 centímetros. Esse novo piso recebeu forração integral. O compartimento recebeu ainda bate-carga reforçado, iluminação, coberturas laterais e ganchos para fixação de carga. 

Por causa da vocação do Fiorino, os principais itens de conforto e conveniência ainda são opcionais, caso de ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos. Esses três itens estão no kit Celebration 1, que custa R$ 4,5 mil e ainda inclui faróis de neblina, computador de bordo, conta-giros e outras firulas. Quem achar que o ar-condicionado pesa muito no bolso pode optar pelo Celebration 2, de R$ 2,4 mil, que mantém a direção hidráulica e os vidros elétricos, entre outros itens. 

Simples e prática

Para a nova geração do Fiorino, a Fiat utilizou portas traseiras assimétricas (esquerda maior que a direita) e abertura em dois estágios. Dá para fixá-las em 90 graus ou abri-las até 180 graus. A cabine tem espaços para garrafas e objetos nas portas. O teto também tem um porta-trecos. 

Além de substituir o motor por outro mais potente, a Fiat reescalonou a transmissão. Segundo a montadora, com etanol o utilitário acelera de zero a 100 km/h em 11,9 segundos e atinge 158 km/h de velocidade máxima. 

Automotive Business guiou o novo Fiorino na cidade de São Paulo e aprovou a novidade, apesar de o trajeto ser muito plano e curto, com menos de dez quilômetros. A posição de dirigir é boa, mas o curso da alavanca de mudanças poderia ser menor e os engates, mais leves. 

O desempenho na cidade pareceu apropriado, mas a falta de carga e de um trajeto com subidas impede um julgamento preciso. Entre os opcionais é possível pedir vidro nas portas traseiras e na parede que separa a cabine do baú. 

Versão para passageiros é viável

Assim como ocorre com o modelo Doblò, a Fiat admite a possibilidade de criar uma versão para passageiros do novo Fiorino: “Quando criamos um carro, pesamos sempre em diferentes possibilidades”, afirma Claudio Demaria. “Uma delas seria a instalação de um banco traseiro (...) A parede de aço (entre a cabine e o baú) pode ser removida”, admite o diretor de design. 

Sobre o acesso a esse espaço, ele descarta a utilização de uma porta lateral corrediça. “Seria pelas portas dianteiras.” Embora não haja nada concreto, o modelo certamente teria preço mais baixo que o de um Doblò, que parte de R$ 52.780.

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