Após três anos sem corridas nacionais no Autódromo Internacional de Campo Grande, a receptividade na capital sul-mato-grossense tornava-se uma incógnita para um evento esportivo. Contudo, a organização do Moto 1000 GP finalizou a sétima etapa, no último domingo (17), plenamente satisfeita com o nível das disputas verificadas nas cinco categorias do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, além da definição dos dois primeiros campeões do Moto 1000 GP em 2013 e, sobretudo, com o público superior a 15 mil pessoas.
A primeira impressão do evento, manifestada na quarta-feira (13) pelos pilotos e organizadores, foi de frustração. O dia reservado aos treinos extras teve uma série de interrupções decorrentes de avarias no asfalto. O trabalho de recuperação do traçado durou toda a quinta-feira (14), véspera dos dois treinos livres de cada categoria que abriram a programação da etapa. O reparo deixou os pilotos satisfeitos. “A pista mudou da água para o vinho”, chegou a observar Renato Andreghetto, piloto paulista da Petronas Eurobike SBK Team na GP Light, que experimentou a pista antes e depois das melhorias.
No sábado (16), dia dos últimos treinos livres e das tomadas de tempos classificatórias, uma chuva torrencial em Campo Grande provocou atrasos na programação. Panorama que contrastou com o clima de domingo, dia de todas as corridas, quando o cenário era de calor e céu azul. E com arquibancadas lotadas. A primeira corrida do dia, da categoria-escola GPR 250, teve o gaúcho Pedro Sampaio, da equipe Fábio Loko, vencendo e reduzindo a um ponto – 105 a 104 – sua desvantagem em relação ao líder paulista Meikon Kawakami, da Alex Barros Racing, segundo colocado na etapa.
A segunda prova, da categoria GP 600, teve o também gaúcho Rafael Bertagnolli mantendo a liderança em uma participação difícil. Com problemas em sua moto, o piloto da BSB Motor Racing largou em último para uma corrida de recuperação que o levou ao quinto lugar na bandeirada final. O uruguaio Maxi Gerardo, inscrito pela Grinjets SBK Racing, ganhou a corrida. O segundo lugar permitiu ao argentino Sergio Fasci, da MG Bikes Yamaha Racing, reduzir a vantagem de Bertagnolli, que agora é de 20 pontos – 119 a 99 na tabela de classificação do campeonato.
O primeiro título de 2013 no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade foi conhecido na terceira corrida do dia, a da GP 1000, categoria principal do Moto 1000 GP. Luciano Ribodino, argentino que defende a Alex Barros Racing, terminou a corrida em terceiro lugar e comemorou o bicampeonato na vitória de seu compatriota Diego Pierluigi, da JC Racing. A corrida seguinte, da GP Light, revelou mais um campeão. Andreghetto, mesmo fora do pódio pela primeira vez no ano, assegurou com o quarto lugar pontuação suficiente para o título. André Paiato, da Alex Barros Racing, foi segundo colocado e confirmou o vice-campeonato. A etapa marcou a primeira vitória de Henrique Castro, da BSB Motor Racing, na competição.
Pela GP Máster, que integra o grid da GP Light e atribui classificação específica aos pilotos com 48 anos ou mais, o carioca Victor Braga, da SBK Rio, perdeu a liderança do campeonato a partir da queda que sofreu ainda na primeira volta da corrida. O incidente deixou livre o caminho para o paulista Sidnei Scigliano, da Motrix-Scigliano Racing, vencer e voltar ao primeiro lugar na tabela – passou a somar 133 pontos, contra 114 de Braga, agora segundo.
Os três últimos títulos do Moto 1000 GP serão definidos na oitava etapa, dia 1º de dezembro no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel (PR). Todas as motocicletas do evento utilizam como combustível a gasolina Petrobras Podium e como lubrificante o Lubrax Tecno Moto. Petrobras e Lubrax patrocinam a competição ao lado da BMW Motorrad e da Michelin, que fornece seus pneus de competição a todas as equipes. O Brasileiro de Motovelocidade tem o apoio de Beta Ferramentas, BMW Serviços Financeiros, Servitec, LeoVince, Shoei, Tutto Moto, HPN, Denko, Airfence Brasil e Peterlongo.