Grazie Mille (muito obrigado, em português) é o nome da versão de despedida do Mille, segundo fontes de mercado informaram a Automotive Business. Fabricado pela Fiat desde 1984 no Brasil, quando foi lançado como Uno, o modelo deixa de ser produzido até o fim deste ano, pois o projeto antigo do carro não comportaria a instalação de airbags e freios com ABS, itens de segurança que passam a ser obrigatórios por lei em 100% dos veículos vendidos no País a partir de 2014.
A Fiat realmente tem muito a agradecer ao carrinho, que em quase três décadas vendeu cerca de 3,6 milhões de unidades, além de mais de 150 mil exportadas para mercados vizinhos. Ele foi fundamental para a conquista da liderança de vendas no Brasil. A partir de 1990 o Uno ganhou a nomenclatura Mille, que o definiu como primeiro modelo nacional a gozar da tributação mais baixa dos chamados carros populares, equipados com motor de 1 litro – coisa que o Uno já tinha desde o seu lançamento.
Como sempre manteve altos volumes de vendas (mais de 10 mil/mês até 2010), a Fiat nunca se preocupou em tirar o Mille de cena, nem mesmo quando lançou a nova geração do Uno, em 2010. Só agora, na marra, o fabricante será obrigado a apresentar uma outra opção de entrada, cujo preço da versão mais básica começa em R$ 22 mil – é o carro mais barato do País.
Alguns fornecedores da Fiat começaram a entregar peças para a pré-produção, em Betim (MG), de uma espécie de novo Mille, desta vez montado em cima da plataforma do Palio Fire.