Depois de mais de 290 mil unidades produzidas e cerca de 210 mil vendidas em sua última versão, finalmente chegou a hora do Renault Logan ganhar sobrevida no mercado brasileiro. O sedã compacto que tem disputado mercado entre os “cheap space” desde 2007 (carros que oferecem espaço de sedã médio, mas com preço e conteúdo de compacto) está totalmente renovado, por fora e por dentro. Ganhou plataforma com 72% dos componentes novos. E continua a oferecer o que sempre teve de melhor: amplo espaço interno (são 2.635 mm de entre-eixos e porta-malas de 510 litros), robustez, três anos de garantia e baixo custo de manutenção. Tudo isso agora aliado à linhas arredondadas, que conferem ao modelo estilo mais moderno.
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Produzido desde outubro na fábrica da Renault de São José dos Pinhais (PR) e disponível nas concessionárias da marca a partir desta semana, o novo Logan subiu de nível, mas sem elevar seu preço às alturas.
Versões e preços
A versão mais barata, a Authentic (que em 2007 era vendida por R$ 27.990), no novo Logan, com airbag e ABS (itens de segurança obrigatórios a partir de 2014), sai por R$ 28.990. É equipada com motor 1.0, de 16V Hi-Power, já utilizado no novo Clio e que tem nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Produz 80 cv de potência com etanol ou 77 cv com gasolina. O seu consumo na cidade é de 8,1 km/l com etanol e 11,9 km/l com gasolina. Na estrada, fica em 9,2 km/l com álcool e 13,4 km/l, abastecido com o combustível fóssil.
A intermediária Expression com o mesmo motor 1.0 é vendida por R$ 33.390. Já a Expression com ar-condicionado de série e o propulsor 1.6 8V Hi-Power, disponível na linha Renault desde 2012 e que alcança 106 cv com etanol e 98 cv com gasolina, é ofertada por R$ 39.440.
A top da linha é a Dynamique. É vendida apenas com motor 1.6, por a partir de R$ 42.100. Se acrescentados opcionais como ar-condicionado, sensor de estacionamento e sistema multimídia Media NAV, o preço da Dynamique sobe para R$ 43.200. Todas as versões do novo Logan levam transmissão manual e indicador de troca de marcha, um dispositivo no painel que mostra o momento em que o condutor deve reduzir ou aumentá-la.
Vendas
Na opinião de Gustavo Schmidt, vice-presidente comercial da Renault do Brasil, o modelo chega com preços competitivos para enfrentar Fiat Grand Siena, Chevrolet Classic, Ford Fiesta Rocan, Volkswagen Voyage, Chevrolet Cobalt e Toyota Etios sedã. O executivo acredita que em 2014 o novo Logan estará vendendo 20% a mais do que a sua versão anterior, que teve emplacadas 19,2 mil unidades de janeiro a outubro, segundo dados da Fenabrave, a federação dos distribuidores. Em 2013, ele espera que cerca de 4 mil Logan sejam comercializados.
Segundo Schmidt, a versão mais procurada deverá ser a Expression. Ela deverá responder por 50% das vendas. A Dynamique deve abocanhar de 35% a 40% do total emplacado. Os 10% restantes deverão ser preenchidos pela a mais básica, a Authentic.
“O novo Logan é o primeiro de uma nova geração de veículos que a Renault produzirá no Brasil, com características específicas para o mercado nacional. Até 2016, teremos nove lançamentos seguindo esta mesma linha. O nosso propósito, com estes novos produtos com a cara dos brasileiros, é chegar a 8% participação de mercado”, comenta Schmidt. Em 2007, quando a Renault lançou a primeira geração do Logan no País, seu market share era de 3,1%. Hoje, a marca já detém 7% de participação e quer conquistar clientes das marcas mais tradicionais: Fiat, Volkswagen, GM e Ford, que estão à sua frente.