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Triumph Thruxton é clássica customizada de fábrica

18/10/2013 - 10:12 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO - FOTOS: Divulgação

A Triumph escolheu a melhor forma possível para comemorar seu primeiro ano de operações no Brasil por meio de subsidiária própria. Na última edição do Salão Duas Rodas, que aconteceu entre 8 e 13 de outubro, no Anhembi, em São Paulo (SP) a marca inglesa apresentou ao público sete novos modelos que irão complementar o line-up da marca em 2014. Entre elas, está a Thruxton uma moto clássica no melhor estilo café racer, que será montada aqui na fábrica localizada em Manaus (AM) a partir de fevereiro.

O fato da Thruxton chegar ao mercado após o lançamento da Bonneville não é nenhuma surpresa. Aliás, o próprio design da moto foi inspirado em variações da “Bonnie” feitas na década de 1960. Portanto, não há alteração no formato do tanque, na tampa lateral da bateria, nas rodas raiadas ou mesmo no conjunto em forma de cruz que reúne a lanterna, os piscas traseiros e o suporte para placa.

No entanto, a Triumph cuidou para que a Thruxton ficasse radical e incorporou detalhes que passassem a impressão de velocidade. Isso pode ser percebido nos escapes de desenho moderno levemente inclinado para cima e nos semi-guidões, que substituíram a confortável posição de pilotagem da Bonneville para deixar o piloto em posição de ataque e ainda receberam um estiloso par de espelhos retrovisores quadrados nas pontas. O assento também ganhou o tradicional “capuz” sobre a garupa, marca registrada das café racers. Para manter a atmosfera retrô, conta-giros e velocímetro são analógicos.

Clássica de dois cilindros

O coração da Thruxton é o mesmo motor de dois cilindros paralelos e 865 cm³ refrigerado a ar, que equipa a clássica Bonneville. Porém, na café racer, ele é capaz de gerar 69 cv de potência máxima a 7.400 rpm e 7 kgf.m de torque máximo obtidos a 5.800 giros. Os números são 1 cv e 1 kgf.m, respectivamente, maiores do que os valores entregues pelo propulsor da outra clássica que a Triumph já comercializa aqui.

Já nos freios, as medidas são as mesmas que sua meia-irmã. A Thruxton emprega discos de 320 mm de diâmetro na roda dianteira e 255 mm de diâmetro na traseira, ambos mordidos por pinças de dois pistões da Nissin. Montada sobre um quadro de berço simples, a café racer da Triumph conta com suspensões KYB, sendo na dianteira garfo tradicional com 120 mm de curso e balança traseira bichoque, com 106 mm de curso. O tanque tem capacidade para 16 litros e, segundo a marca de Hinckley, a moto pesa 230 kg em ordem de marcha.

Café racer pioneira

No Brasil, a Thruxton chega com tom de pioneira, uma vez que é a primeira moto produzida por aqui, que sairá da fábrica já concebida como uma café racer. O estilo, um dos favoritos dos customizadores ao redor do mundo, já conquistou diversos adeptos no País e é figura recorrente nos encontros de motos personalizadas. O preço sugerido da Thruxton ainda não foi divulgado pela Triumph.

As café racers surgiram na Inglaterra na década de 1960, quando pilotos em motos customizadas apostavam corridas entre um café londrino e outro. O termo, que se popularizou pela Europa e também chegou a influenciar motociclistas dos Estados Unidos tinha uma conotação pejorativa na época, uma vez que as disputas eram feitas nas ruas de forma ilegal. Com o passar dos anos, o estilo se tornou “cult” e até hoje diversos motociclistas customizam suas motos para se transformarem em autênticas café racers.

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