Expedição encontra problemas na Bolívia

29/09/2013 - 10:36 - Redação - Foto: Victor Chileno

Excesso de burocracia para atravessar a fronteira, falta de postos de abastecimento e apoio e muitos animais na pista, foram os principais problemas enfrentados neste sábado pelos integrantes da "Expedição Rota da Integração - Unindo Povos, Ligando Oceanos", que vai aos portos chilenos em busca de uma rota alternativa para o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul pelo Oceano Pacífico, encurtando a distância com a Ásia.

O grupo, com cerca de 90 pessoas, entre políticos, empresários do segmento do transporte, logística, produção e indústria, saiu de Campo Grande na última sexta-feira a bordo de 28 picapes Volkswagen Amarok, alcançando a cidade de Corumbá, onde passaram a primeira noite.

Depois de enfrentar uma espera de mais de três horas para dar entrada com os carros em território boliviano, a caravana viajou quase 600 quilômetros até Santa Cruz de La Sierra, onde visitaram a Expocruz, uma das maiores feiras agropecuárias da América Latina. O vice-presidente da Câmara da Indústria e Comercio de Santa Cruz, Jorge Artieda, recebem os integrantes da expedição e destacou a importância da ação para a Bolívia. "Para nós, essa viagem é muito importante, já que nos insere em uma grande rota de transporte de cargas brasileiras. Vamos nos empenhar e trabalhar para que isso possa ser concretizado. Hoje a grande maioria dos produtos agrícolas, principalmente as máquinas, vem do Brasil, o que atesta a importância do comércio entre nossos países", disse Jorge Artieda.

O caminho

"Nos chamou a atenção a boa qualidade do asfalto na maioria do caminho percorrido, bem melhor que muitas das estradas brasileiras, mesmo sendo uma pista de mão dupla. O problema é que há muitos animais soltos nas margens da rodovia, colocando em risco os motoristas. Também constatamos que faltam postos de paradas. Viajamos mais de 400 quilômetros até encontrar o primeiro, que ainda assim, não apresentava condições de nos receber", explicou Cláudio Cavol, presidente do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul - SetLog-MS, que organiza a expedição. O grupo também precisou abastecer as caminhonetes com combustível transportado em galões, já que na Bolívia não há disponibilidade do diesel S10, utilizado hoje pelos novos motores que são mais eficientes e menos poluentes.

Os viajantes partem neste domingo para Cochabamba, ainda na Bolívia, onde será recebido por autoridades locais para reuniões sobre a viagem e a viabilização da rota.