Quando foi lançada em 2007, a Triumph Street Triple causou um alvoroço na categoria naked com seu visual “street fighter”. A combinação do estilo e atitude de sua irmã maior, a Speed Triple 1050, com a agilidade da Daytona 675, transformou-a num desejo de consumo de muitos motociclistas. No Brasil, por exemplo, o segmento naked, de motocicletas “peladas”, sem as carenagens, é bastante popular. Proprietários de modelos como a Honda CB 300R, a Dafra Next 250 e a Yamaha YS 250 Fazer sonham em dar um “upgrade” e pular para a categoria das 600cc.
Para oferecer a este público mais uma opção de compra, a Triumph anunciou que o novo modelo da Street Triple, que será montado na fábrica da marca pelo sistema CKD em Manaus, estará disponível no País a partir de junho, o que promete agitar o mercado.
Para 2013, a marca inglesa atualizou sua naked de média cilindrada, a Street Triple. A mudança mais perceptiva entre a nova e a antiga versão foi a substituição da dupla ponteira de escape, que ficava embaixo do banco, por uma de única saída, na lateral direita da motocicleta. Além de deixá-la mais bonita, o novo sistema mais compacto não só reduziu o peso da moto, como também centralizou a massa e baixou o centro de gravidade. Indícios de que sua já elogiada ciclística pode ter ficado ainda melhor.
Motor e equipamentos
O coração da Street Triple não foi modificado. Continua o mesmo tricilíndrico DOHC de 675cc, 12 válvulas e arrefecimento líquido, semelhante ao que equipa a Daytona 675. Este propulsor é capaz de gerar 105 cavalos de potência a 11.850 rpm e 6,9 kgf.m de torque a 9.750 rpm. Diferente de sua “prima” superesportiva, o motor e a caixa de câmbio de seis marchas da Street Triple foram ajustados para ter um melhor desempenho em baixas e médias rotações, características de uma moto urbana.
Opção de entrada na categoria naked da Triumph, a nova Street Triple carrega alguns equipamentos eletrônicos de série, como o sistema de segurança que imobiliza o motor. O painel de instrumentos em LCD inclui cronômetro de volta, luz de troca de marcha programável, medidor de combustível, relógio, indicador de marcha engatada, assim como um grande conta-giros e velocímetro digital.
Ciclística
As principais novidades ficam por conta do chassi da Street Triple, totalmente redesenhado para este ano. Agora é de dupla trave de alumínio com um subquadro fundido em alta pressão construído em duas peças. O conjunto fica mais leve por ter menos soldas – são 183 kg em ordem de marcha, seis quilos a menos que o modelo anterior.
Juntamente com o chassi mais leve, o novo escapamento 3 em 1 feito em aço inoxidável foi realocado. O fato contribuiu para a redistribuição do centro de gravidade, graças a esse reposicionamento do sistema de exaustão.
No quesito suspensões, melhorias bem vindas. Na dianteira, a nova Street Triple vem equipada com garfos telescópicos invertidos da KYB (antiga Kayaba) com 41 mm de diâmetro e 110 mm de curso. A suspensão traseira é composta por monoamortecedor com 125 mm de curso. O trabalho de frear essa máquina é feito por discos duplos dianteiros de 310 mm de diâmetro, mordidos por pinças deslizantes Nissin de dois pistões e disco simples de 220 mm com pinça Brembo de um pistão. Segundo a Triumph, há uma versão disponível com freios ABS desligável. Muito provavelmente a versão que deverá vir ao Brasil.
Mercado
No Reino Unido, a Triumph Street Triple está disponível em três diferentes cores metálicas: preto, branco e azul. A subsidiária brasileira ainda não informou quais cores irão desembarcar por aqui e nem o preço público sugerido. Mas o esperado é que a empresa posicione sua naked de média cilindrada entre a Honda CB 600 F Hornet (R$ 34.990,00 com C-ABS) e a BMW F 800 R (R$ 36.900,00 com ABS de série).
Street Triple R
Ao ver a sigla “R” ao lado do nome da motocicleta, imaginamos que há uma grande diferença entre os modelos, principalmente no quesito desempenho. Porém, este não é o caso. A versão R da Street Triple se difere da standard por ter suspensão dianteira com 5 mm a mais de curso, 115 mm no total, e permitir ajustes na compressão e retorno. O monoamortecedor traseiro também é mais alto, com 135 mm, e é totalmente ajustável. Além disso, os discos dianteiros são mordidos por pinças radiais de quatro pistões, ao invés de pinças deslizantes de dois pistões. Pelo maior curso das suspensões, a Street Triple R ficou 50 mm mais alta que sua irmã. Não há informações sobre a chegada da versão “R” no Brasil.