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Honda CB 1100, uma motocicleta elementar

21/10/2012 - 23:27 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO

Pneus. Motor. Quadro. Tanque e um assento. Foi pensando em como unir esses elementos básicos em uma moto que o Chefe de Design da Honda, Mitsuyoshi Kohama, teve a ideia de criar a CB 1100. Apresentada pela fábrica japonesa para o mercado europeu no último Salão de Colônia, na Alemanha, a CB 1100 nasceu assim: do sonho do senhor Kohama, um motociclista e fã de motocicletas, em criar um modelo original com um desenho atemporal.

O primeiro projeto do designer deu origem ao conceito CB 1100F no Tóquio Motorshow em 2007. Pouco tempo depois, o conceito virou realidade para o mercado japonês mantendo-se praticamente idêntico ao projeto inicial.

Agora a CB 1100 desembarca na Europa para 2013, depois de uma temporada de sucesso na Austrália. Inconfundivelmente uma Honda, as linhas limpas da naked japonesa ecoam o passado da CB 750 Four. Um farol grande e redondo, assim como o tanque arredondado, que traz a asa da Honda como único detalhe, e tampas laterais na cor prata compõe o estilo Anos 70. Os paralamas cromados e o escapamento 4-2-1 dão o toque final para despertar a lembrança dos motociclistas mais saudosistas.

Refrigeração a ar

O elemento central da CB 1100 é um belo motor com duplo comando de válvulas no cabeçote. “Muita gente gosta e eu, particularmente, gosto do barulho de metal dos motores refrigerados a ar”, explica Mitsuyoshi Kohama. A refrigeração, na verdade, é mista, já que o motor de quatro cilindros em linha, 1140 cm³ de capacidade conta ainda com um pequeno radiador de óleo. Alimentado por injeção eletrônica de combustível, o propulsor é capaz de produzir cerca de 90 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque de 9,5 kgf.m a 5.000 rpm.

Apesar dos bons números de desempenho, a Honda faz questão de afirmar que a potência máxima não era o objetivo do propulsor. Mas sim a suavidade na entrega dessa potência e torque disponível em uma ampla faixa de rotações. E para usufruir desse torque um câmbio de cinco marchas com embreagem em banho de óleo, enquanto a transmissão final fica por conta da tradicional corrente.

Equilibrada

O quadro berço duplo de aço tubular proporciona bastante equilíbrio: tenta ser rígido o suficiente para proporcionar esportividade e conforto na medida certa. Amarrado a ele, soluções tradicionais na suspensão: garfo telescópico convencional de 41 mm de diâmetro, na dianteira; e sistema bichoque com amortecedores Showa na traseira. Ambos ajustáveis na précarga da mola.

Completam a ciclística bastante equilibrada, duas rodas de liga leve de alumínio de 18 polegadas. Ambas equipadas com freio a disco: duplo flutuante com 296 mm de diâmetro com pinças de quatro pistões na frente; e simples com 256 mm e pinça única, atrás. O peso total do conjunto em ordem de marcha é de 248 kg.

Mercado

Apesar de não trazer nada de novo, além do seu design retrô e elementar, a CB 1100 tem feito sucesso por onde passou. E a aposta da Honda na naked para o mercado europeu é justamente essa. Ainda existem motociclistas mais puristas que querem apenas uma moto clássica e divertida para pilotar. No Velho Continente, a CB 1100 vai disputar mercado com as clássicas Triumph Bonneville e outros modelos com inspiração retrô.

Ainda sem preço definido, a CB 1100 deve ser chegar às concessionárias europeias no inicio do próximo ano em três opções de cores: branca, preta e vinho. Não há previsão de que o clássico modelo chegue ao Brasil.

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