Lançada em 2002, a Suzuki Intruder 125 inovou com um estilo diferenciado em um segmento homogêneo, onde todos os modelos se parecem muito. Dominado pela Honda CG, este nicho do mercado é o mais rentável e disputado pelas fabricantes. Isso porque as motocicletas de 125 cm³ não oferecem um grande desempenho, mas o preço acessível dos modelos nessa faixa de cilindrada e a economia de combustível fazem do pequeno propulsor a primeira opção de compra de muitos motociclistas. No segmento em que a Honda CG Titan 125 fez (e faz) história, atualmente há diversas opções: Yamaha YBR 125; Honda Biz 125 e Fan 125; Dafra Riva 150; Kasinski Comet 150 e Mirage 150, Suzuki Burgman, Yes e Intruder 125, etc.
No entanto, os modelos citados, com exceção da Kasinski Mirage 150 e a Dafra Kansas 150, oferecem ao piloto um conjunto semelhante, norteado pela líder CG Fan 125. Já a Intruder 125 se diferencia nesta multidão. Pode parecer exagero chamá-la de custom, como a própria Suzuki sugere, mas suas linhas de design não seguem a mesmice. Assento largo e confortável, bagageiro e espelhos cromados, assim como os pára-lamas, painel completo com conta-giros e indicador de marcha, além de rodas de liga-leve e freio a disco de série na dianteira. São esses os trunfos da Intruder 125 para continuar a ser a motocicleta mais vendida da J.Toledo Suzuki – foram 6.893 unidades comercializadas até setembro deste ano segundo a Fenabrave. O segundo modelo mais vendido da marca é o Burgman, com 6.128 unidades emplacadas no mesmo período.
Motor
Desde seu lançamento, a Intruder 125 vem perdendo potência para atender às leis de emissão de poluentes (Promot 3). Seu motor, ainda carburado, continua o mesmo: um cilindro, duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e refrigeração a ar. Porém o novo carburador Mikuni BS25 com TPS (sensor de posição da borboleta do acelerador) e o escapamento com catalisador fizeram a moto ficar um pouco mais fraca. A potência passou de 12,5 cv a 8.500 rpm, em 2007, para 11 cv a 9.000 rpm. E o torque diminuiu de 1,19 kgm a 8.000 rpm para 0,98 kgf.m a 7.000 rpm.
Apesar de mais fraca, na rodagem urbana a Intruder 125 não deixa a desejar. Muito ágil na cidade, deixando os carros para trás nas saídas dos semáforos, a Intruder tem um desempenho dentro de sua proposta, estritamente urbana – apesar de faltar torque para algumas ultrapassagens. Transita entre os carros com destreza, mesmo um pouco mais larga que a GSR 150i, por exemplo, e ainda permite ao piloto se manter longe do posto de gasolina. A média de consumo girou em torno de 35 km/l - com capacidade para 10,3 litros no tanque, a autonomia é de aproximadamente 360 quilômetros.
O câmbio de cinco marchas ajuda a aproveitar bem a pouca potência e força produzidas pelo tradicional motor e o piloto não sentirá necessidade de realizar muitas trocas de marcha – a não ser em subidas íngremes, onde a primeira marcha é sempre requisitada. Nessas condições – em altos giros – a vibração do motor chega a incomodar os pés e as mãos.
Ciclística
Na parte ciclística, soluções convencionais. A Intruder traz um resistente quadro do tipo diamante com o motor fazendo parte da estrutura. A suspensão dianteira é um garfo telescópico tradicional, mas o destaque fica para o freio a disco de 220 mm de diâmetro, com pinça de um pistão. Enquanto outros modelos trazem o freio a disco como opcional, na “custom” da Suzuki ele já é item de série.
Na traseira há uma balança articulada, com dois amortecedores (sistema bichoque), regulagem na pré-carga da mola e freio a tambor. As duas rodas são de liga-leve, contribuindo para o baixo peso da Intruder 125: apenas 113 kg em ordem de marcha. O conjunto todo trabalha bem e transmite segurança ao piloto em retas e curvas, sem abusar, claro. Projetadas principalmente para o uso urbano, as suspensões têm um bom curso e não se incomodam muito com nossas ruas esburacadas.
A posição de pilotagem ereta, aliada ao confortável banco, garantem conforto para o piloto, um dos pontos fortes dessa 125. Quem for na garupa também vai bem, pois suas pedaleiras são fixadas ao quadro e não estão instaladas na balança.
Design diferenciado
Só o estilo com diversas peças cromadas, como pára-lamas, piscas, retrovisores e escapamento, já é um diferencial em relação a suas concorrentes do segmento de 125 cm³. Além disso, há outros itens “de luxo”, não muito comuns em motos dessa cilindrada. A começar pelo painel bastante completo: velocímetro e conta-giros; luzes indicadoras e também uma útil indicação da marcha engatada. Outro item bastante conveniente é o bagageiro instalado sobre a nova lanterna traseira – sim, mesmo com aparência retrô, a lanterna traseira e o logotipo Intruder no tanque são novos.
A Intruder 125 pode ser adquirida nas concessionárias da marca e também pelo Consórcio Nacional Suzuki. O preço público sugerido é de R$ 5.490 (frete não incluso) nas cores preta, vermelha, azul e verde. Seu preço, aliado ao visual diferenciado e todos os itens de série, fazem dela uma boa opção na hora de escolher qual 125 cc comprar.
Ficha Técnica Suzuki Intruder 125
Motor: Monocilíndrico, OHC, 2 válvulas, refrigerado ar
Capacidade cúbica: 125 cm³
Potência máxima: 11 cv a 9.000 rpm
Torque máximo: 0.98 kgf.m a 7.000
Câmbio: Cinco velocidades
Transmissão final: corrente
Alimentação: BS 25 Mikuni
Partida: Elétrica
Quadro: do tipo Diamond
Suspensão dianteira: Garfo telescópico
Suspensão traseira: Balança articulada com dois amortecedores (bi-choque) e ajuste na pré-carga da mola
Freio dianteiro: Disco de 220 mm de diâmetro
Freio traseiro: Tambor
Pneus: 2,75-18 M/C 42P, com câmara (d) e 3,50-16 M/C 58P, com câmara (t)
Comprimento: 1.945 mm
Largura: 815 mm
Altura: 1.110 mm
Distância entre-eixos: 1.280 mm
Altura do assento: 735 mm
Peso em ordem de marcha: 113 Kg
Tanque de combustível: 10,3 litros
Cores: Preta e azul, verde e vermelha
Preço sugerido: R$ 5.490 (frete não incluso)