As medidas para estimular a cadeia de automóveis devem reduzir os estoques para níveis considerados normais pelo setor em cerca de dois meses.
A estimativa é do presidente da Fenabrave (entidade que representa as concessionárias), Flávio Meneghetti, que prevê queda dos atuais 45 para cerca de 30 dias nesse período. A redução do IPI vale até 31 de agosto.
O número indica o total de dias de venda com as unidades em pátio, estejam elas tanto nas concessionárias como nas montadoras.
O principal temor num cenário com muitos dias é a possibilidade de demissões nas linhas de produção. A indústria automotiva representa 20% do PIB industrial.
O sinal amarelo se acendeu com os números de abril, quando a Anfavea (associação das montadoras) divulgou o maior nível de estoques desde novembro de 2008.
Desde então, o setor reforçou a pressão para a adoção de medidas por parte do governo para destravar o crédito. "Há apetite de compra pelo cliente, o que é preciso é crédito", diz Meneghetti.