Os quatro maiores bancos privados do País responderam às pressões do governo e diminuíram as taxas de juros cobradas dos clientes em várias modalidades de financiamento. Ontem, Itaú e Bradesco, 1.º e 2.º do ranking privado, respectivamente, nem sequer esperaram o término da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para anunciar reduções nos juros para pessoas físicas e empresas.
Também antes do Copom, o Santander, terceiro maior,informou a criação de uma nova conta corrente com juros menores para pessoas físicas. Terça-feira, o banco já havia baixado taxas para as empresas. “São produtos que estavam em estudo havia muito tempo”, disse o vice-presidente da rede comercial do Santander, Pedro Coutinho.
Embora neguem publicamente, os bancos privados respondem à demanda do governo. Uma prova disso é a divulgação de Itaú e Bradesco antes de o Copom cortar a taxa básica de juros (Selic) para 9% ao ano. Em geral, os bancos aguardam a decisão do Banco Central para anunciar redução nas taxas (quando, evidentemente, a Selic cai).
O Itaú baixou as taxas para financiamento de veículos, empréstimos consignados e algumas linhas para micro e pequenas empresas.
O Bradesco ampliou em R$ 15 bilhões a disponibilidade para a concessão de crédito em 2012. Desse total, R$ 9 bilhões são para pessoas físicas,R$ 5 bilhões para empresa se R$ 1 bilhão para capital de giro e crédito para compra de máquinas e equipamentos. O banco indicou, ainda, que outras reduções devem ocorrer.