Na Inglaterra, e em todo o Reino Unido, empresas de diversos setores se esmeram para receber um Selo Real, que permite fornecer todo tipo de bens e serviços para a Família Real inglesa. E sabe qual o carro preferido da Rainha para suas idas ao campo? Land Rover Range Rover.
Isso acontece desde a década de 70, quando o modelo de luxo da marca britânica, hoje controlada pelos indianos, foi criado. A ideia inicial era oferecer tudo o que há de melhor em tecnologia, potência e eletrônica embarcada em um carro que faz bonito tanto na cidade quanto no off-road pesado.
A equipe do Jornal A Crítica de Campo Grande esteve em Londres, onde testou a série especial Range Rover Autobiography, equipada com motor à diesel 4.4 V8, de 313 cavalos de potência, e confirmamos: luxo e desempenho o carro tem de sobra.
Na parte externa, rodas de aro 20, pintura marrom metálica denominada Bournville e detalhes como faróis de led diferenciam a versão. Por dentro, alto luxo, como bancos de couro de primeira linha (o mesmo tipo de couro que reveste os bancos dos Rolls Royce), além de detalhes em madeira nobre, geralmente raiz de nogueira.
O som com potência de 1200 watts com 19 alto-falantes da marca Harman Kardon e a central multimídia, transforma o interior em uma sala de espetáculos. O sistema multimídia trás uma novidade visando a segurança: a tela Dual View de oito polegadas, capaz de exibir TV e DVD para os passageiros da frente e os dados sobre o veículo para o motorista, na mesma tela, evitando o desvio da atenção. Atrás dos encostos dos bancos
dianteiros, duas telas que podem exibir imagens diferentes, oferecendo opções de entretenimento para os passageiros.
O câmbio automático de oito marchas é bem suave em suas mudanças de velocidade e tira bom proveito da potência do V8, fazendo o carro, que tem mais de 2,5 toneladas, chegar ao limite de 225 km/hora e ir de 0 a 100 km/h em poucos segundos. Um feito! Para parar, freios Brembo. Claro que tanta potência tem seu preço. No computador de bordo, fizemos uma média de 5,5 km/litro.
O modelo avaliado na Inglaterra parte de £ 83 mil (R$ 251 mil – sem impostos de importação) e não é comercializado no Brasil pela importadora oficial, mas a versão Vogue 5.0 V8 comercializada por aqui custa a partir de R$ 450 mil a versão a gasolina
Resumindo, dirigir a Range Rover Autobiography na Inglaterra é uma experiência única, mostrando que a Land Rover manteve a aura majestosa de seu top de linha.
Mão inglesa
A avaliação que fizemos pelas ruas da capital inglesa e pelas bucólicas estradas que cercam a região, foram feitas com a direção à direita, como todo carro na terra da Rainha.
No começo é meio estranho, pois o tráfego também é na direção oposta. Mas, depois que se pega o jeito, tudo bem.
As diferenças são:
ao dirigir, o tráfego na direção oposta vem da direita;
a ultrapassagem é feita pela direita;
os pedestres devem, ao atravessar uma rua de mão dupla, olhar primeiro para a direita e depois para a esquerda;
as rotatórias são circundadas no sentido horário;
os pontos e paradas de ônibus se situam à esquerda da via;
as placas de trânsito se situam na maioria no lado esquerdo da via;
o banco do motorista e volante se localizam do lado direito e o motorista troca de marcha com a mão esquerda.