A produção industrial de janeiro recuou 2,1% na comparação com dezembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicada em grande parte pelo recuo de 14 dos 27 setores pesquisados pela entidade. Nos dois meses anteriores, os resultados haviam sido positivos: em dezembro, o setor cresceu 0,5% e em novembro registrou leve alta de 0,1%. Em janeiro, o destaque foi o impacto negativo vindo do setor de veículos, cuja queda foi de 30,7% na mesma base de comparação, devido a férias coletivas adotadas em várias empresas do setor no primeiro mês do ano.
O IBGE ressalta que o setor, após recuar 13% em setembro do ano passado, também influenciado pelas paralisações por conta de férias coletivas em várias empresas, apontou expansão por três meses consecutivos, acumulando nesse período avanço de 11,4%.
Entre as categorias de uso, bens de capital apontou a queda mais acentuada, de 16% em janeiro sobre dezembro, influenciados pela menor produção de caminhões, também por férias coletivas concedidas em diversas montadoras. O IBGE destaca que esse recuo foi o mais intenso desde dezembro de 2008, quando o País sentia os efeitos da crise financeira internacional.
O segmento de bens de consumo duráveis recuou 1,9% e de bens intermediários também caiu, para 2,9%. Outras contribuições negativas sobre o total da indústria vieram dos setores de produtos de metal e máquinas, com queda de 6,1%, e indústrias extrativas, com recuo de 8,4%. Por outro lado, nas atividades que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância foram observados em material eletrônico e equipamentos de comunicação, com alta de 14,3%, têxtil, 6,6%, e refino de petróleo e produção de álcool, com avanço de 4,8%.
Em relação a janeiro de 2011, a produção da indústria brasileira recuou 3,4%. Esse foi o quinto resultado negativo consecutivo na comparação anual.