De acordo com levantamento da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), o ano de 2007 encerrou com números positivos. O saldo das carteiras de financiamento e arrendamento de veículos para pessoas físicas (Crédito Direto ao Consumidor e Leasing), cresceu 43,5% em 2007, atingindo o valor de R$ 110,7 bilhões ante R$ 77,1 bilhões em 2006. “Do saldo total das carteiras no ano passado, R$ 81,6 bilhões correspondem ao CDC e R$ 29,1 bilhões ao Leasing – um incremento de 28,6% e 109,3%, respectivamente”, explica Luiz Montenegro, presidente da Anef.
A excelente performance do setor automotivo em 2007 se deve, em boa parte, ao importante incremento dos recursos financeiros disponibilizados pelo Sistema Financeiro Nacional, por meio das duas principais modalidades de crédito – CDC e Leasing –, que vem dando suporte às vendas a prazo. “Isso foi possível também em função de outros fatores, como estabilidade e crescimento da economia, queda da taxas de juros, alongamento dos planos de financiamento, elevação da taxa de emprego e renda familiar”, destaca Montenegro.
As taxas de juros apresentaram queda no período de janeiro a dezembro do ano passado. A taxa de juros média praticada pelos bancos das montadoras ficou em 1,49% ao mês, ou 19,42% ao ano. Em 2006, a taxa média de juros fechou em 1,67% ao mês, ou 21,99% no ano. Já a taxa média praticada no mercado financeiro para o financiamento de automóveis foi de 2,13% ao mês, ou 28,76% ao ano em 2007, ante 2,36% ao mês, ou 32,30% ao ano em 2006.
Outro indicador em queda é a inadimplência acima de 90 dias. O índice registrado em 2007 foi de 3,01% sobre a carteira, apontando uma sensível retração em comparação ao mesmo período de 2006, quando atingiu 3,27%. “Neste quesito, vale destacar que os valores em atraso entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007 registraram elevação de 18,3%, enquanto a carteira de financiamento cresceu 28,6% no mesmo período. Isso demonstra uma relação aceitável e abaixo da média do mercado”, avalia o presidente da Anef.
Sobre os planos de financiamento disponibilizados ao consumidor, o prazo máximo de financiamento no ano passado foi de 84 meses (sete anos), enquanto no ano de 2006 o pico chegou a 72 meses (seis anos). Já o plano médio para financiamento em 2007 atingiu 42 meses, contra 39 meses em 2006.