O saldo de crédito para a compra de veículos alcançou recorde histórico de R$ 200,6 bilhões em 2011, com expansão de 7,9% na comparação com o resultado do ano anterior. Dados divulgados pelo Banco Central apontam que foram liberados R$ 172,9 bilhões em CDC (Crédito Direto ao Consumidor), alta de 23,2% na comparação com 2010, e R$ 27,6 bilhões em Leasing, com retração de 39,3%.
O prazo médio do financiamento para veículos foi reduzido em 34 dias, e encerrou o ano em 44,5 meses. O movimento foi impulsionado pela adoção de medidas macroprudenciais para reduzir o ritmo de crescimento da economia.
As concessões tiveram queda expressiva ao longo do ano mas voltaram a crescer nos últimos meses. Apesar disso, houve baixa de 15,2%, para R$ 9,4 bilhões em dezembro. Quando considerada a concessão para a aquisição de outros bens, o movimento foi inverso, com aceleração de 26,2% para R$ 2,3 bilhões.
A média diária de concessões também caiu em 2011 sob efeito da política econômica contracionista. Foi registrada desaceleração de 11,3%, para R$ 429 milhões. Para a compra de outros bens, houve expansão de 32% para R$ 109 milhões.
A taxa de juros encerrou 2011 com alta de um ponto porcentual sobre o resultado do ano anterior, em 26,2% ao ano. Apesar do avanço, a taxa mostra tendência de queda desde o meio do ano. A evolução também foi menor no setor de veículos do que em outros segmentos da economia, que registraram avanço de 18 pontos, para 65,9% aa.
A inadimplência também teve crescimento menos significativo no segmento automotivo do que no de outros bens. Houve expansão de 2,5 pontos porcentuais no indicador acima de 90 dias, para 5% ao ano, contra alta de 5,1 pontos em outros setores da economia, para 13,9% aa. No caso de atrasos de até 90 dias nos pagamentos, a expansão foi maior no setor de veículos, de 1,5 pp, para 7,8% aa, contra 0,2 pp em outros segmentos da economia, para 6,9%.