A MAN Latin America encerrou 2011 na liderança do mercado de caminhões no Brasil com vendas de 50.829 unidades, volume que lhe garantiu 29,7% de participação, informou a empresa citando dados do Renavam. Incluindo chassis de ônibus foram 61.968 unidades, um crescimento de 18% na comparação com o ano anterior, 6,3 pontos porcentuais a mais que o mercado total, que aumentou 11,7%, para 171,2 mil caminhões e 34,6 mil ônibus.
Em dezembro, a montadora registrou recorde de vendas mensais em 30 anos de atuação no País. Foram 5.265 veículos emplacados da marca, sendo 4.310 caminhões e 955 chassis de ônibus, crescimentos expressivos de 53% e 188%, respectivamente. A montadora não concedeu férias coletivas a seus trabalhadores de Resende, RJ, pela primeira vez em seus 15 anos de operações para atender a demanda.
Para 2012, a expectativa é de queda de até 10% nas vendas totais do mercado nacional baseada no movimento de antecipação de compras verificado em dezembro e na mudança de tecnologia dos caminhões, afirmou Roberto Cortes em entrevista à Reuters. “Entramos em uma nova lei de emissões, passando do Euro 3 para Euro 5 e a estatística histórica sempre mostra uma queda nessas passagens", disse o presidente da MAN Latin America.
Diante da perspectiva para este ano, a companhia aposta na entrada em novos segmentos no Brasil, como o de caminhões extrapesados em que a empresa vai ingressar com a marca MAN em março. O objetivo é obter uma participação de mercado de cerca de 30% no segmento em três anos.
No mercado latino-americano a expectativa é de crescimento. Segundo Cortês, a exportação de caminhões e ônibus do Brasil para o mercado latino somou 53 mil unidades em 2008 e em 2011 o número deve ter ficado entre 42 mil e 43 mil, depois de recuar entre 20 mil e 23 mil unidades após a crise. "As exportações estão se recuperando e vemos potencial de crescimento de 10%" este ano, disse Cortes, acrescentando que a empresa exportou 9.500 caminhões e ônibus em 2011.